PLD despenca em todos os submercados
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 30 de dezembro e 05 de janeiro caiu em todos os submercados. No Sudeste, a queda foi de 20%, passando de R$ 245,63/MWh para R$ 196,10/MWh. No Sul, o preço saiu de R$ 245,63/MWh para R$ 199,55/MWh, representando redução de 19%. No Nordeste, a queda foi de 26%, passando de R$ 245,6/MWh para R$ 182,49/MWh. Já no Norte, a redução saiu dos mesmos R$ 254,63/MWh e foi para R$ 168,14 /MWh, com queda de 32%.
A CCEE informou ainda que, a partir de janeiro de 2018, os modelos Newave e Decomp passam a ser processados com novas versões, e como parte do processo de aprimoramento, contemplam 12 Reservatórios Equivalentes de Energia ao invés dos nove considerados até dezembro de 2017. Outro aprimoramento é a representação explícita das perdas das interligações entre os submercados.
Neste contexto, para a CCEE, o desacoplamento entre os preços dos submercados se deve à incorporação das perdas elétricas das interligações na determinação dos preços. É válido ressaltar que o limite de envio de energia do Norte para o Sudeste foi atingido em todos os patamares de carga, assim como o recebimento de energia pelo Nordeste na carga leve.
A expectativa é que as afluências para o Sistema em dezembro fechem em 86% da Média de Longo Termo – MLT. Já para janeiro, se espera afluências em torno de 90% da média para o sistema, sendo esperadas em 95% da média no Sudeste, 124% no Sul, 50% no Nordeste e em 89% no Norte.
Já a expectativa de carga para os próximos sete dias é 830 MWmédios inferior à previsão da última semana com redução esperada principalmente no Sudeste (-917 MWmédios) e no Norte (-139 MWmédios). Os valores apresentam elevação no Sul (+108 MWmédios) e Nordeste (+119 MWmédios).
Para o horizonte de médio prazo (Newave – cinco anos), em função das novas premissas do planejamento anual da operação energética ciclo 2018 (2018-2022), a carga prevista teve elevação média de aproximadamente 250 MWmédios.
Os níveis dos reservatórios do SIN estão cerca de 115 MWmédios mais baixos frente à expectativa da última semana. A redução foi verificada nos submercados do Sudeste (-205 MWmédios), Nordeste (-50 MWmédios) e no Norte (-220 MWmédios). O Sul foi a exceção, com alta de cerca de 360 MWmédios nos níveis.
O fator de ajuste do MRE previsto para dezembro é de 79,6% e o índice para janeiro é esperado em 113,2%. A previsão de Encargos de Serviços do Sistema – ESS para dezembro é de R$ 106 milhões, sendo R$ 54 milhões referentes à restrição operativa. Para janeiro, a previsão é de R$ 1,3 milhão.
Consumo sobe pouco em dezembro
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 25 de dezembro apontam aumento de 1,8% no consumo e de 2,5% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período de 2016. As informações constam da mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
O consumo de energia no Sistema Interligado Nacional – SIN atingiu 61.791 MW médios, em dezembro, aumento de 1,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. No Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, o consumo caiu 1,6%, índice que considera a migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Ao retirar essas novas cargas na análise, o consumo subiria 1,5%.
Já o consumo no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, subiu 11,2%, número que leva em conta o efeito das novas cargas vindas do ACR análise. Quando esse movimento não é considerado, haveria aumento de 2,9% no ACL.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de metalurgia e produtos de metais (+10,7%), veículos (+7,5%) e têxtil (+6,3%) registram aumento no consumo, mesmo sem o efeito da migração na análise. No mesmo cenário sem migração, os maiores índices de retração pertencem aos segmentos de bebidas (-2,7%), químico (-6,1%) e minerais não-metálicos (-4,0%).
A geração de energia no Sistema, em dezembro, subiu 2,5% no período com a produção de 64.637 MW médios. A análise indica aumento de 29,2% na geração de usinas térmicas e de 23,0% na produção eólica. As usinas hidráulicas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas, produziram um volume de energia 4,9% menor quando comparado ao mesmo período de 2016.
O InfoMercado Dinâmico também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE gerem, em dezembro, o equivalente a 80,1% de suas garantias físicas, ou 44.801 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual foi de 80,6%.