Agência fixa reajuste de 21,04% para Enel Rio
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou um reajuste médio de 21,04% nas tarifas da Enel Distribuição Rio, antiga Ampla. Para consumidores conectados à alta tensão, o aumento será de 19,94%, e para a baixa tensão, a alta será de 21,46%.
O reajuste diz respeito ao quarto ciclo de revisão tarifária da empresa, processo realizado de quatro em quatro anos com o objetivo de manter o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos.
De acordo com o relator, diretor Tiago de Barros Correia, o custo com compra de energia teve peso de 3,42 pontos porcentuais no reajuste, e os encargos setoriais contribuíram com 2,23 pp. Os custos com transmissão tiveram peso de 2,93 pp, e os custos com distribuição tiveram participação de 8,86 pp.
O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, voltou a defender uma discussão para aperfeiçoar o processo tarifário e o atendimento ao consumidor, diante do patamar elevado das tarifas. “Temos que ter esse olhar para tarifa e ver de que forma caminhar para seguir melhorando a qualidade do serviço. Ainda estamos longe do padrão de qualidade que o consumidor gostaria, mas a tarifa não está tão módica. Esse é o grande desafio”, disse.
As novas tarifas vigoram a partir de quinta-feira, 15 de março. A empresa atende 3,5 milhões de unidades consumidoras em 66 municípios do Rio de Janeiro.
Santa Cruz
A Aneel também aprovou o reajuste tarifário da CPFL Santa Cruz. A nova empresa é resultado do agrupamento de cinco concessionárias de distribuição do gripo CPFL, feito no fim do ano passado para reduzir custos e elevar a eficiência das empresas. Porém, cada uma das antigas concessionárias continua com um índice próprio até 2021.
O reajuste médio será de 21,15% para a CPFL Jaguari; para a CPFL Mococa o aumento será de 3,40%; para a CPFL Leste Paulista, de 7,03%; para a CPFL Sul Paulista a elevação será de 7,50%; e para a CPFL Santa Cruz o aumento será de 5,32%.
Consumidores conectados à alta tensão da CPFL Jaguari terão alta de 23,59%; na CPFL Mococa haverá redução de 1,81%; para a CPFL Leste Paulista a alta será de 8,39%; para a CPFL Sul Paulista a elevação será de 14,94%; e para a CPFL Santa Cruz, aumento de 5,72%.
Consumidores conectados à baixa tensão terão alta de 17,60% na CPFL Jaguari; de 5,39% na CPFL Mococa; de 6,48% na CPFL Leste Paulista; de 4,04% na CPFL Sul Paulista; e de 5,14% na CPFL Santa Cruz.
De acordo com o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, a tarifa das empresas, em conjunto, está no patamar de R$ 448,00 por megawatt-hora (MWh). Segundo ele, no ranking das tarifas do consumidor residencial, esse nível é considerado relativamente baixo comparativamente a outras empresas.
As novas tarifas vigoram a partir do dia 22 de março. A CPFL Santa Cruz atende a 444 mil unidades consumidoras em 39 municípios no interior de São Paulo, três no Paraná e três em Minas Gerais.
O processo de unificação das empresas será gradual. Ao longo do tempo, o processo levará uma única tarifa para a nova empresa. A data final para isso ocorrer é 2021, durante a revisão tarifária periódica.