PLD cai 7% no Sudeste, Sul e Nordeste
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 17 e 23 de março foi fixado em R$ 219,50/MWh nos submercados Sudeste/Centro-Oeste e Sul. No Nordeste, o PLD para a próxima semana ficará em R$ 218,38/MWh, enquanto no Norte seguirá no valor mínimo de R$ 40,16/MWh estabelecido para 2018.
O desacoplamento entre os preços do Norte com os demais submercados se deve ao limite de envio de energia por este submercado ter sido atingido em todos os patamares de carga, assim como os limites de recebimento pelo Nordeste.
As afluências previstas para março subiram de 84% para 87% da Média de Longe Termo – MLT com índices em 88% da média no Sudeste, 80% no Sul, 58% no Nordeste e em 103% da MLT no Norte.
A carga esperada para a próxima semana deve ficar cerca de 960 MWmédios mais alta com elevações no Sudeste (+820 MWmédios) e no Norte (+140 MWmédios). Nos demais submercados, a previsão é a mesma da semana anterior.
Já os níveis dos reservatórios do Sistema subiram 905 MWmédios acima do esperado com alta em todos os submercados, exceto no Sul (-40 MWmédios). As elevações foram registradas no Sudeste (+205 MWmédios), Nordeste (+725 MWmédios) e no Norte (+15 MWmédios).
O fator de ajuste do MRE previsto para o mês foi revisto de 115,7% para 118,1%. A previsão de Encargos de Serviços do Sistema – ESS para março é de R$ 402 milhões, sendo R$ 342 milhões referentes à segurança energética.
Consumo
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 13 de março indicaram aumento de 0,3% no consumo e de 0,5% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período de 2017. As informações constam da mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
Influenciado pelo aumento das temperaturas no começo de março, o consumo no Sistema Interligado Nacional – SIN alcançou 65.257 MWmédios, montante 0,3% superior ao consumo de energia no mesmo período do ano passado.
No Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras (onde estão inseridos os consumidores residenciais), houve queda de 0,5% no consumo, que passou de 46.917 MW médios para 46.659 MW médios, índice que considera a migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Sem esse efeito na análise, haveria crescimento de 1,1% no consumo.
O consumo no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores (onde estão os consumidores de atividade industrial/comercial), apresentou elevação de 2,5%, número que incorpora o impacto das novas cargas vindas do ACR. Quando esse movimento é desconsiderado na análise, o ACL teria queda de 1,7% no consumo.
Já dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de veículos (+9,9%), manufaturados diversos (+1,3%), saneamento (+1,2%) e extração de minerais metálicos (+1,2%) registraram aumento no consumo, mesmo sem o impacto da migração na análise. Os maiores índices de retração, no mesmo cenário, pertencem aos segmentos químicos (-10,7%), de bebidas (-8,5%), e telecomunicações (-6,8%).
Em março, a geração de energia no Sistema somou 68.784 MW médios, incremento de 0,5%, em relação ao mesmo período de 2017, índice impulsionado pela produção 4% superior das usinas hidráulicas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas. As plantas térmicas (-12%) e eólicas (-24%), por sua vez, geraram menos energia frente aos montantes produzidos no ano passado.
O InfoMercado Dinâmico também apresentou estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, em março, equivalente a 115,7% de suas garantias físicas, ou 52.812 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 96,1%.