Indicadores da Aneel mostram melhora
Da Redação, de Brasília (Com apoio da Aneel) —
Indicadores apurados pela Aneel revelam melhora dos serviços prestados pelas concessionárias no ano passado. A qualidade dos serviços de distribuição de energia elétrica melhorou em 2017, conforme apontam os indicadores DEC e FEC, que medem a duração e a frequência na interrupção dos serviços de distribuição.
Ao longo do ano passado, os consumidores ficaram 14,35 horas em média sem energia (DEC), o que representa uma redução de 9,23% do valor registrado em 2016, que foi de 15,81 horas em média. O valor do DEC no ano de 2017 é o menor valor histórico para esse indicador. A frequência (FEC) no número de interrupções se manteve em trajetória decrescente, com redução de 8,87 interrupções em média em 2016 para 8,20 interrupções em média por consumidor em 2017, o que significa uma melhora de 7,55% no período.
Na avaliação da Aneel, o resultado decorre de iniciativas da agência reguladora, como as novas regras de qualidade do fornecimento nos contratos de concessão das distribuidoras, a adoção de planos de resultados para as distribuidoras que apresentavam pior desempenho, compensação financeira ao consumidor, fiscalizações da Agência e definição de limites de interrupção decrescentes para as concessionárias.
O valor de compensações pagas ao consumidor, em consonância com a melhoria no serviço, caiu de R$ 571,12 milhões, em 2016, para R$ 477,16 milhões em 2017.
Desempenho por distribuidora
A Aneel avaliou todas as concessionárias do país no período de janeiro a dezembro de 2017, divididas em dois grupos: 33 concessionárias de grande porte, com número de unidades consumidoras maior que 400 mil; e 25 concessionárias de menor porte, com o número de unidades consumidoras menor ou igual a 400 mil.
Das empresas com mais de 400 mil consumidores, as melhores colocadas foram Energisa Minas Gerais (EMG) em primeiro, seguida da Companhia Energética do Maranhão (Cemar). As distribuidoras que mais evoluíram em 2017 foram a Energisa Minas Gerais e a Energisa Tocantins com um avanço de 8 posições em comparação ao ano de 2016. As últimas posicionadas foram a Enel Goiás, em 33º, e a Eletrobras Alagoas, em 32º lugar. A concessionária que mais regrediu no ranking foi a Energisa Sergipe com recuo de 8 posições em comparação a 2016.
Das empresas com até 400 mil consumidores, as melhores foram: Energisa Borborema (EBO, PB) em primeiro, Empresa Força e Luz João Cesa (EFLJC, SC) em segundo. As últimas nesse grupo foram a Forcel em 25º, e a Eletrobras Roraima em 24º.
A classificação foi elaborada com base no Desempenho Global de Continuidade (DGC), formado a partir da comparação dos valores apurados de DEC e FEC das concessionárias em relação aos limites estabelecidos pela Aneel para esses indicadores. O ranking é um instrumento que incentiva as concessionárias a buscarem a melhoria contínua da qualidade do serviço. Desde 2013, o ranking é considerado na movimentação tarifária das distribuidoras de energia elétrica.