PLD é de R$ 228,54/MWh no SE, Sul e NE
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 24 e 30 de março subiu 4% nos submercados Sudeste/Centro-Oeste e Sul ao passar de R$ 219,50/MWh e para R$ 228,54/MWh, mesmo valor fixado para o PLD no Nordeste. No Norte, o preço permanece no valor mínimo de R$ 40,16/MWh estabelecido para 2018.
O desacoplamento entre os preços do Norte com os demais submercados se deve ao limite de envio de energia por este submercado ter sido atingido em todos os patamares de carga.
A previsão de afluências para o Sistema, em março, caiu de 87% para 85% da Média de Longe Termo – ML, ficando abaixo da média em todos os submercados: Sudeste (86%), Sul (81%), Nordeste (57%) e Norte (99%).
Para a próxima semana, a carga esperada para o SIN deve ficar em torno de 250 MWmédios mais baixa, com reduções no Sul (-605 MWmédios) e no Nordeste (-70 MWmédios). Já no Sudeste (+400 MWmédios) e no Norte (+ 25 MWmédios), a expectativa é de carga mais alta para os próximos sete dias.
Os níveis dos reservatórios caíram 1.765 MWmédios frente à expectativa anterior com com redução verificada em todos os submercados: Sudeste (-1.020 MWmédios), Sul (-240 MWmédios), Nordeste (-310 MWmédios) e Norte (-195 MWmédios).
Já o fator de ajuste do MRE previsto para março foi revisto de 118,1% para 117,3%. A previsão de Encargos de Serviços do Sistema – ESS para o mês é de R$ 361 milhões, sendo R$ 281 milhões referentes à segurança energética.
Consumo aumenta
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 20 de março indicaram aumento de 1,8% no consumo e de 2,6% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período de 2017. As informações constam da mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
O consumo no Sistema Interligado Nacional – SIN somou 65.441 MWmédios, em março, índice 1,8% superior ao consumo de energia no mesmo período de 2017 e impactado pelas temperaturas mais elevadas ao longo do mês.
No Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras (onde estão inseridos os consumidores residenciais), o consumo cresceu 0,9% ao passar de 46.136 MW médios para 46.549 MW médios, número que já leva em consideração a migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Caso esse movimento de mercado fosse retirado da análise, o crescimento no consumo seria de 2,6%.
Já o consumo no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores (onde estão os consumidores de atividade industrial/comercial), subiu 4,1%, número que incorpora o impacto das novas cargas vindas do ACR. Sem a migração na análise, o consumo no ACL ficaria praticamente estável (-0,2%).
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de veículos (+10,2%), metalurgia e produtos de metal (+4,3%) e saneamento (+2,2%) registraram os maiores índices de aumento no consumo, mesmo sem o impacto da migração na análise. As maiores retrações, no mesmo cenário, pertencem aos segmentos químico (-7,1%), de bebidas (-6,1%) e de telecomunicações (-4,3%).
Em março, a geração de energia no Sistema somou 69.320 MW médios, incremento de 2,6%, em relação ao mesmo período de 2017, montante impulsionado pelo aumento de 5,5% na produção das usinas hidráulicas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas. Houve queda na geração das usinas térmicas (-12,6%) e eólicas (-7,3%) no período.
O InfoMercado Dinâmico também apresentou a estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, em março, equivalente a 118% de suas garantias físicas, ou 53.820 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 98%.