SEEM quer reduzir em 10% consumo do TJ/SP
Da Redação, de Brasília (Com apoio da SEEM) —
A Secretaria de Energia e Mineração e o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo firmaram nesta terça-feira, 08 de maio, um acordo de cooperação técnica para realizar a gestão de contratos de fornecimento de energia elétrica de alta e média tensão, visando a redução do gasto na conta de luz dos edifícios públicos ocupados pelo poder judiciário.
Pelo acordo, caberá à Secretaria de Energia e Mineração analisar as demandas de energia elétrica dos edifícios do TJ paulista, através do Sistema Gesfat – Gestão e Análise de Faturas e Contratos de Energia Elétrica.
“É fundamental que o Governo realize a gestão de seus contratos nos mais diversos setores para que não haja desperdício de dinheiro público. A energia elétrica requer uma atenção especial devido a variação da demanda que é sentida imediatamente como, por exemplo, a utilização de mais equipamentos eletrônicos ou a ampliação do quadro de funcionários”, explica o secretário de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles.
O Tribunal de Justiça de São Paulo conta atualmente com mais de 800 unidades. “Temos colocado em prática ações para reduzir custos e despesas fazendo mais com menos e aplicando o dinheiro do povo paulista da melhor forma possível atendendo os anseios da sociedade”, afirma o desembargador e presidente do TJ-SP, Manoel de Queiroz Pereira Calças.
Em operação há seis anos, o Gesfat já economizou para os cofres públicos mais de R$ 80 milhões. Atualmente, a Secretaria de Energia e Mineração realiza o monitoramento e a gestão de 1.648 unidades de alta e média tensão do governo estadual. Nesse período, mais de 700 contratos sofreram adequações de demanda.
O sistema visa a redução de despesas com energia elétrica, por meio da eliminação de penalidades e da otimização dos contratos de fornecimento com as distribuidoras de energia.
O custo com energia elétrica de todas as unidades analisadas em 2017 pela Secretaria de Energia e Mineração do Estado de São Paulo foi de R$ 372,8 milhões. Com a gestão dos contratos via Gesfat foi possível gerar uma economia no ano passado de aproximadamente R$ 38 milhões, o que representa uma redução de mais de 10%.
A Secretaria de Energia e Mineração irá capacitar as equipes administrativas regionais do Tribunal para operar o sistema com o objetivo de utilizar um consumo racional de energia elétrica.
O Gesfat utiliza dados gerenciais de histórico de demanda, faturamento, leitura e informações de consumo “na ponta” e “fora da ponta”. O acordo tem duração de cinco anos e não gera custo para o executivo e o judiciário paulista.
Os contratos de energia elétrica do Grupo A (alta e média tensão), onde se paga pela demanda e pelo consumo de energia elétrica, são diferentes dos contratos do Grupo B (baixa tensão), onde se paga apenas pelo consumo, como é caso das residências. No Grupo A, os contratos só podem ser alterados uma vez por ano e caso não sejam atualizados, são renovados automaticamente.
As empresas e instituições também podem fazer a gestão de suas contas de fornecimento de energia, analisando os gastos passados e, se for o caso, propor alterações nos contratos deste serviço.
O Estado de São Paulo é responsável por mais de 30% do consumo de energia elétrica do país. A soma de Iluminação Pública, Poder Público e Serviços Públicos consome anualmente 11.270 GWh, aproximadamente 8,9% do consumo de energia elétrica do Estado.