GSF gera descontentamento entre agentes
Maurício Corrêa, de Brasília —
A área empresarial está muito bronqueada com o Ministério de Minas e Energia devido à falta de uma solução para a delicada questão do risco hidrológico. O tema se arrasta lentamente, ninguém faz absolutamente nada e na realidade os agentes já nem acreditam mais que a atual gestão do ministério possa encontrar uma saída, faltando poucos meses para o término do atual Governo.
Embora tenha avançado em algumas questões que envolvem o setor elétrico, a gestão passada do MME não conseguiu qualquer tipo de resultado nas negociações relacionadas com o GSF. A gestão atual herdou essa falta de apetite para resolver o problema.
Entre as associações vinculadas ao Fase circula a minuta de uma carta que se pretende entregar ao ministro Moreira Franco, em mais uma tentativa para sensibilizar o ministro para a situação angustiante do setor elétrico, que está praticamente travado por causa da falta de uma solução para o GSF.
Os riscos de judicialização, em vez de diminuir, na verdade estão aumentando. Inclusive este site apurou que o conselho de uma associação já autorizou a sua diretoria-executiva a entabular negociações com advogados, visando à oficialização de mais uma ação judicial sobre o GSF, para proteger os interesses dos seus associados.
Além da omissão do Governo nessa questão, os agentes se preocupam com os prejuízos decorrentes dos aumentos de custos que serão incorporados às tarifas.
Nos últimos dias, os agentes ainda nutriam algumas esperanças em relação ao relatório do deputado Fábio Garcia (DEM-MT) para o projeto de lei 1917, que trata da portabilidade da conta de luz. Mas o parlamentar se recusou a incorporar no seu substitutivo uma solução para o GSF, conforme constava da MP 814, sob o argumento que o assunto é extremamente polêmico e poderia prejudicar o PL do novo modelo comercial.
O farol baixo entre os agentes é total.