Moreira Franco: “Óleo&Gás voltou com força”
Da Redação, de Brasília (Com apoio do MME) —
As principais empresas de petróleo do mundo arremataram os quatro blocos ofertados no leilão da 5ª Rodada de Partilha de Produção do Pré-Sal, realizado hoje (28) no Rio de Janeiro. Com ágio médio de 170%, o governo federal arrecadou R$ 6,82 bilhões em bônus de assinatura, além de royalties que somam R$ 240 bilhões nos próximos 35 anos. A expectativa é que 512 mil empregos sejam gerados com as operações.
Os maiores bônus foram de R$ 3,125 bilhões, para a área de Saturno, arrematada pelo consórcio formado pela Shell Brasil e a Chevron Brasil, e para a área de Titã, arrematada pelo consórcio Exxon Brasil e QPI Brasil. Ambas ficam na Bacia de Santos. Já o bloco Pau-Brasil, também na Bacia de Santos, ficou com as empresas BP Energy, CNOOC Petroleum e Ecopetrol, com bônus de R$ 500 milhões. O bloco Sudoeste de Tartaruga Verde, na Bacia de Campos, foi vendido para a Petrobras, com bônus de assinatura de R$ 70 milhões.
Para o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, o leilão reafirmou a importância de se incentivar a competitividade para a atração de investimentos no País. “O setor de óleo e gás voltou com muita força. Nós temos a convicção que o resultado do leilão de hoje reflete que estamos no caminho certo para garantir transparência, competitividade, investimentos, livre concorrência, segurança jurídica e previsibilidade para que toda essa riqueza sirva cada vez mais ao País. Nosso objetivo é servir a sociedade e melhorar a qualidade de vida dos brasileiros”, afirmou.
Os leilões anteriores do Pré-Sal realizados em 2017 e 2018 também foram exitosos. A 4ª Rodada, realizada em junho, arrecadou R$ 3,15 bilhões em bônus de assinatura e investimentos mínimos na fase de exploração equivalentes a R$ 738 milhões, com a venda de três blocos ofertados.
Em 2017, os leilões da 2ª e 3ª Rodadas do Pré-Sal registraram volume médio recorde de óleo lucro: 52,8% e 58,5%, respectivamente. Além disso, os volumes máximos de óleo lucro nessas rodadas foram de 80% para área de Sapinhoá e de 76,96% para área de Peroba. Os números foram os maiores já registrados no regime de partilha de produção realizados no País. Somados, os leilões totalizaram R$ 16,8 bilhões de investimentos.
Somados aos resultados do certame de hoje, a União arrecada, ao todo, R$ 17,95 bilhões com os três leilões deste ano. Em dois anos, o governo soma R$ 27,9 bilhões de arrecadação com leilões de blocos exploratórios de petróleo. No ano passado, foram arrecadados R$ 9,9 bilhões, sendo R$ 6,15 bilhões com áreas do Pré-Sal e R$ 3,8 bilhões do Pós-Sal.
Em maio de 2018, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) autorizou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a detalhar os estudos nas áreas denominadas Aram, Sudeste de Lula, Sul e Sudoeste de Júpiter e Bumerangue, na Bacia de Santos, para realização da 6ª rodada, prevista para 2019.