PLD cai 15% em todos os submercados
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 20 e 26 de outubro registrou queda de 15%, ao passar de R$ 270,28/MWh para R$ 229,71/MWh nos submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte.
As afluências de outubro de 2018 se elevaram em torno de 3.900 MWmédios, sendo revistas de 88% da média histórica para 98%. Houve elevação em todos os sistemas. No Sudeste, a previsão, que era de 94%, aumentou para 100%, na região Sul as afluências foram revistas de 97% para 115%, no Nordeste a previsão passou de 36% para 39% e no Norte, de 55% para 62% da MLT.
A expectativa é que a carga do Sistema para a próxima semana fique 1.035 MWmédios mais baixa, com redução esperada no Sul (- 435 MWmédios) e no Sudeste (- 600 MWmédios). Os demais submercados mantêm a previsão da semana anterior.
Os níveis dos reservatórios do SIN ficaram cerca de 1.310 MWmédios acima do esperado. Os aumentos apresentados foram no Sudeste (+ 1.020 MWmédios), no Nordeste (+260 MWmédios) e no Sul (+ 380 MWmédios). O submercado Norte apresentou diminuição de 350 MWmédios.
O fator de ajuste do MRE para outubro foi revisto de 65,3% para 66,6%. A previsão de Encargos de Serviços do Sistema – ESS para o período é de R$ 94 milhões, sendo R$ 79 milhões referentes à restrição operativa e os demais R$ 15 milhões à segurança energética.
Aumento no consumo
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 15 de outubro indicaram aumento de 2% no consumo de energia elétrica no país, quando comparados ao mesmo período do ano passado. As informações são do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
Ao longo do período, o consumo alcançou 62.339 MWmédios no Sistema Interligado Nacional – SIN, montante de energia superior em 2% aos 61.129 MWmédios consumidos no mesmo período de 2017.
O Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras (onde estão inseridos os consumidores residenciais, comerciais, industriais, rurais, serviços, iluminação pública e outros), apresentou aumento de 1% no consumo, índice que leva em conta a migração de consumidores para o mercado livre (ACL) na análise. Caso esse movimento dos agentes fosse desconsiderado, o consumo registraria crescimento de 2,1%.
No Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores (com consumidores de atividade industrial/comercial/serviços), há registro de aumento no consumo em ambos os cenários. Ao incluir as cargas oriundas do ACR na análise, o aumento seria de 4,2%, enquanto sem a migração, o índice seria 1,6% superior na comparação com a primeira quinzena de outubro de 2017.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de extração de minerais metálicos (9,2%), veículos (7,1%) e alimentícios (6%) foram os segmentos com maior aumento no consumo, quando a migração é desconsiderada. Por outro lado, metalurgia e produtos de metal (-3,3%), transportes (-2,5%) e comércio (-1,6%) apresentaram os maiores índices de retração no consumo dentro do mesmo cenário sem migração.
O InfoMercado Semanal Dinâmico também apresenta estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, em outubro, equivalente a 65,29% de suas garantias físicas, ou 41.718 MWmédios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 75,97%.