Claro compra energia sustentável da Engie
Da Redação, de Brasília (com apoio da Engie) —
O Grupo Claro, representado pelas marcas Claro, Embratel e NET, comprou 30 Megawatts (MW) de energia sustentável da Engie. O contrato, assinado digitalmente, tem um prazo maior e uma novidade no Ambiente de Contratação Livre, que viabiliza a construção da segunda fase do Complexo Eólico Campo Largo, na Bahia.
A Engie alegou que ambas as empresas têm compromissos convergentes quanto à transição energética e à sustentabilidade, além de interesses comuns como descarbonização, descentralização e a digitalização.
A contratação de energia realizada pelo grupo de telecomunicações faz parte do Programa A Energia da Claro, lançado em dezembro de 2017, que prevê o uso de energia limpa, por meio de Geração Distribuída, e a adoção de ações de proteção ao meio ambiente em todas as suas operações e instalações no Brasil.
O programa representa uma redução de mais de 100 mil toneladas métricas de CO2 ao ano, o equivalente à retirada de quase 420 mil carros de circulação. É o maior projeto de Geração Distribuída do País entre empresas privadas e o
primeiro entre empresas de telecomunicações. Já estão em operação nove usinas em quatro diferentes estados do país, além de 40 usinas em construção.
Por conta do programa, a energia utilizada pela Claro já é proveniente de diversas fontes renováveis: Solar, Eólica, Hidrelétrica, Biogás e Cogeração Qualificada. Além disso, no projeto são previstas ações como a de mobilidade elétrica (incentivo do uso de carros e bicicletas elétricas) e de eficiência energética.
“A energia elétrica é um dos insumos mais importantes em uma operação de telecomunicação e, por este motivo, o programa A Energia da Claro é uma das nossas grandes apostas. A contratação de energia com a Engie é um grande passo neste momento, pois está em linha com o nosso objetivo de ter energia sustentável, descentralizada e descarbonizada dentro de um processo 100% digital”, diz João Pedro Neves, diretor de Suporte Financeiro ao Negócio da Claro Brasil.
O diretor-presidente da Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini, ressalta que 90% da geração de energia do Grupo no país são provenientes de usinas eólicas, solares, hidrelétricas e de biomassa. “Nossa estratégia está baseada em 3 Ds: Descarbonização, Descentralização e Digitalização. A Descarbonização se dá pelo crescimento em energia renovável e, contratos como esse com a Claro, aliam a necessidade do nosso cliente com nossa estratégia de liderar
a transição energética”.
Sattamini destaca ainda que a Engie é líder em geração distribuída no Brasil. O diretor observa que a Descentralização também está ligada à proximidade que a Engie tem com os clientes. “Essa proximidade permite entender o que o cliente precisa e entregar a solução que ele necessita.”
Digitalização
O contrato entre o Grupo Claro e a Engie foi assinado totalmente de forma digital, com a troca de documentação e assinaturas tendo sido feita sem a circulação de papeis e procedimentos cartoriais. Tudo foi feito via internet com o uso de cadastro biométrico de digitais e senha eletrônica. Foi possível rubricar e assinar totalmente via web, de forma segura e legal.
O executivo da Engie lembra ainda a importância da digitalização nos negócios: “Nossas eólicas, oito de nossas hidrelétricas e nossa usina solar são operadas remotamente, a partir do Centro de Operações em Florianópolis, o que nos dá mais eficiência operacional. Além disso, a digitalização nos permite coletar dados e otimizar nossas manutenções, melhorando a disponibilidade das plantas”.
Localizado nos municípios baianos de Umburanas e Sento Sé, a 420 km de Salvador, o Complexo Eólico Campo Largo tem um potencial de desenvolvimento de 686,7 MW e foi desenvolvido em etapas: a Fase 1, com 326,7 MW e 11 centrais eólicas, estará 100% em operação até o final do ano.
A Fase 2, com 360 MW de capacidade instalada, conta com investimento estimado em R$ 1,7 bilhão. O número de centrais elétricas ainda não está definido, pois depende do aerogerador a ser escolhido pela Engie, que trabalha com um número entre 11 e 12 centrais eólicas. Foram os mais de 60 contratos assinados pela ENGIE com clientes no Mercado Livre este ano que viabilizaram a Fase 2.
“Com a segunda fase de Campo Largo, a Engie ultrapassará os 1.000 MW de capacidade instalada em energia eólica no Brasil”, comemora Sattamini. Ele acrescenta que a companhia já está estudando as opções de máquinas e conversando com fornecedores: “O momento está propício à contratação, pois o mercado de aerogeradores está bastante ofertado”.