Associações se agitam com mudanças
Maurício Corrêa, de Brasília —
As associações empresariais do setor elétrico estão agitadas face às alterações em algumas diretorias que poderão acontecer nas próximas semanas, impactando-as no médio prazo. A troca de comando no MME coincide com a mudança de presidentes executivos.
Na Abrace, o surpreendente anúncio da saída de Edvaldo Santana, que está trocando a presidência executiva da associação por um posto relevante em grupo de geração e comercialização, no Paraná, abre uma vaga de alto nível em Brasília. O mercado aposta que Paulo Pedrosa, que deixou a Abrace para trabalhar no MME, no início do governo do presidente Michel Temer, deverá reocupar o posto.
Um pouco antes de terminar 2018, Charles Lenzi voltou a ocupar a presidência executiva da Abragel, uma das associações que cuidam das PCH´s (a outra é a AbraPCH). Lenzi ficou um tempo fora de Brasília, como diretor de uma das maiores distribuidoras do País. O seu retorno coincide com o início da gestão do ministro Bento Albuquerque Junior.
No final de março, a Abradee trocará o presidente executivo. Nelson Fonseca Leite, que está há nove anos à frente da associação dos distribuidores de energia elétrica, resolveu aposentar e voltar para Belo Horizonte. Ainda é prematuro dizer quem vai substitui-lo, mas o mercado aposta no nome de Marco Delgado, que há anos é o diretor de Regulação da Abradee e conhece, como poucos, os humores da casa.
Na associação dos comercializadores, a Abraceel, o ambiente andou meio confuso, mas aparentemente já serenou. Este site apurou que entre os conselheiros havia quem não queria mais ver Reginaldo Medeiros na presidência executiva. Reginaldo tem sido considerado um bom presidente, mas naturalmente sofre o desgaste dos muitos anos que ocupa a função. Nesse contexto, os atritos não são desejáveis, mas acontecem. Ele teria confidenciado a amigos que ia cair fora, mas aparentemente reconsiderou a posição e ao que tudo indica caminha em direção a novo mandato. A conferir.