MME: muito compromisso, pouco tempo.
Maurício Corrêa, de Brasília —
Na sua atual experiência de trabalho no mundo civil, o almirante Bento Albuquerque Junior, ministro de Minas e Energia, já observou que o tempo corre com muita velocidade e nem sempre é possível fazer tudo o que se quer com a rapidez imaginada.
Este editor sabe, por exemplo, que ele está doido para convidar os jornalistas que trabalham na área de Energia, para uma primeira entrevista formal, em seu gabinete, mas o tempo está escasso. O governo tomou posse no dia 1º e, até hoje, não foi possível organizar essa entrevista.
Nesta primeira semana de gestão, o ministro teve que viajar ao Rio de Janeiro, para conhecer o ONS e na última segunda-feira foi a São Paulo, quando foi a vez da CCEE.
Por enquanto, não teve condições sequer para participar das negociações referentes aos demais secretários do MME, que complementam a atuação da Secretaria-Executiva e são fundamentais no andamento da máquina.
Além disso, o ministro — originário da Marinha — também não pode deixar, nesta fase inicial de MME, de deixar de cumprir alguns compromissos organizados pela Marinha. Afinal, ele passou toda a vida de trabalho lá e é apenas licenciado. Continua sendo um almirante de Esquadra em tempo integral, embora na função de ministro de Minas e Energia.
Nessa fase de transição, é natural, portanto, que ele participe de eventos da Armada, como aconteceu, no dia 07, em São Paulo, na cerimônia de transmissão do cargo de diretor do Centro Tecnológico da Marinha, em São Paulo. No dia seguinte, foi à cerimônia de imposição da comenda da Ordem do Mérito Naval ao presidente da República e ao ministro da Defesa, em Brasília. E, nesta quarta-feira, dia 09, estava prevista a sua presença na solenidade de transmissão do cargo de comandante da Marinha, também na Capital Federal.
Vá se acostumando, ministro Bento. O mundo civil é assim mesmo.