Sobre a diretora Elisa, da Aneel
Mauricio Corrêa, de Brasília —
Este site fez críticas quando Elisa Bastos foi indicado pelo MME para ocupar uma diretoria na Aneel. Algumas pessoas viram as críticas pelo lado pessoal, embora o objetivo tenha sido o modelo de indicação de diretores para as agências reguladoras. O “Paranoá Energia” entende que deveriam existir alguns critérios técnicos, para não deixar a coisa solta por conta da vontade de um ministro setorial.
O site não mudou de ideia a esse respeito, mas ao mesmo tempo faz uma observação sobre a matéria exclusiva da Agência Estado/Estadão, feita pela repórter Anne Warth com foco na nova diretora da Aneel.
O “Paranoá Energia” torce para que Elisa Bastos seja uma boa diretora. Pelo menos vontade de acertar não lhe falta, como mostra a matéria. Além disso, é muito interessante ter um olhar feminino em um mundo, como a energia elétrica, que ainda é dominado pelos homens.
Aliás, não basta indicar mulheres para determinados cargos, apenas para atender aos anseios da bancada feminina ou então dar um ar de modernidade. Provavelmente, nem as mulheres querem isso. É preciso indicar mulheres que sejam sobretudo competentes. Este parece ser o caso de Elisa Bastos, que começou agora na Aneel e ainda vai mostrar a qualidade do seu serviço.
O próprio governo Bolsonaro está recheado de homens, alguns, aliás, com as ideias na idade da pedra. Sobraram poucos cargos no primeiro escalão para mulheres. Uma delas parece ser bastante focada naquilo que faz e a outra infelizmente está meio perdida, ainda falando muita abobrinha.
Na área de Energia, o governo Bolsonaro voltou-se totalmente para o público masculino. Poderia ter tido uma outra percepção, pois, embora existam poucas mulheres trabalhando na área, muitas delas são extremamente competentes. Faltou sensibilidade ao governo, pois a escolha que fez para um cargo relevante na área desagradou a muita gente, não pelo fato de ser mulher, mas por não ser uma opção adequada.