Tendência do PLD preocupa mercado
Maurício Corrêa, de Brasília —
O PLD foi fixado em R$ 178,76 por MW/hora no Sudeste e no Sul. Não pára de subir, embora as regiões estejam em pleno período chuvoso.
Esse fenômeno está sendo acompanhado com muita preocupação por alguns especialistas, que, a continuar essa tendência hidrológica, enxergam zebras pela frente na solvência de alguns agentes econômicos.
Não é sem motivos. Afinal, PLD alto não é algo que se costuma projetar para esta época do ano, pois não combina com as costumeiras chuvas de verão. Os agentes, quando projetam seus números, sempre pensam em PLD com valores mais baixo, no primeiro trimestre, pois é a época de chuvas fartas e reservatórios cheios. Consequentemente, de PLD baixo.
As chuvas, entretanto, não estão chegando com intensidade nas bacias hidrográficas nas quais deveriam chegar. Alguns mais pessimistas já projetam o PLD no seu valor máximo de R$ 513,89 no final de abril ou início de maio, quando normalmente isso deveria ocorrer a partir de julho. Afinal, é a época em que, no Sudeste, já está começando a se agravar a situação hidrológica, considerando que o período seco normal se inicia por volta do início de abril.
Quem acompanha a hidrologia no dia a dia está suando frio. Não deverá faltar energia para o consumidor, até porque a economia ainda anda de lado. Mas, quem precisar ir ao mercado para comprar energia, pagará o valor desse PLD fora do normal. Não tem choro e nem vela. Quem não estiver com o caixa preparado, vai sofrer. Como o mercado não perdoa, já se começa a especular sobre empresas que poderão ter dificuldade pela frente.