MME aperfeiçoa informações energéticas
Da Redação, de Brasília (com apoio do MME) —
O Ministério de Minas e Energia (MME) lançou oficialmente, nesta quinta-feira, 21 de março, o Sistema de Informações Energéticas do Brasil, o SIE Brasil: uma plataforma computacional que irá estruturar e sistematizar todas as estatísticas energéticas do Brasil, em nível nacional. O SIE Brasil, é resultado de uma parceria entre o MME, a Organização Latino-Americana de Energia – Olade e o Banco de Desenvolvimento da América Latina – CAF.
A plataforma permitirá a coleta, o armazenamento, a publicação e a divulgação de informações de forma dinâmica entre os órgãos, os agentes do setor de energia e a sociedade. O sistema abrange informações sobre oferta e demanda de energia, dados de estrutura e instalações, recursos e reservas, preços de energéticos, de equipamentos de consumo, além de acesso a dados completos sobre eficiência energética e a séries históricas de estatísticas e indicadores, desde o ano de 1970 até os dias atuais.
O Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, Reive Barros, destacou a importância dos parceiros CAF e Olade na viabilização do projeto. Afirmou que o SIE Brasil serve como referência para que também possa ser desenvolvido nos demais países da América Latina, e declarou: “Me parece que essa parceria Olade/CAF, e agora também o MME, pode permitir a expansão em todos os países da América Latina e assim, do ponto de vista de informações energéticas, estaremos todos efetivamente integrados”.
Geração de empregos
“Potencial de Empregos Gerados na Área de Eficiência Energética no Brasil de 2018 até 2030” é o título de um estudo inédito que o Ministério de Minas e Energia (MME) também lançou nesta quinta-feira, voltado para o mercado de trabalho na área de eficiência energética.
O estudo faz parte do Projeto Sistema de Energia do Futuro e tem, como objetivo principal, estruturar, gerar e apresentar informações sobre a quantidade de empregos existentes hoje na área de eficiência energética no Brasil. Visa, ainda, projetar o potencial de geração de empregos nessa área, até o ano de 2030.
O documento mostra ainda que, para atingir a meta firmada pelo Brasil no Acordo de Paris, que é alcançar 10% de ganhos em eficiência energética no setor elétrico, o Brasil precisará ter cinco vezes mais pessoas trabalhando diretamente em eficiência energética em 2030, se comparado aos dias atuais.
Este dado reforça a constatação de que o setor tende a crescer muito nos próximos anos e que profissionais que se qualificarem para atuar nesse ramo terão melhores oportunidades no mercado de trabalho. “O Brasil é realmente um país abençoado por Deus. Porém, não basta ser abençoado. Tem que ter planejamento, como este estudo que estamos lançando hoje”, lembrou o ministro Bento Albuquerque.
“E por isso temos que saber como melhor empregar nossos recursos em benefício da sociedade e do mundo”, acrescentou. “Assim, cada vez mais estaremos mais eficientes para dar à sociedade condições para o desenvolvimento sustentável, conservando o meio ambiente e tornando o mundo melhor”, destacou o ministro.
O lançamento do estudo foi seguido de um debate que contou com a participação de representantes do MME, do Senai, do Ministério da Educação, do Sindicato da Construção Civil – Sinduscon/SP, da Confederação Nacional da Indústria – CNI e da Mitsidi Projetos e International Energy Initiative-IEI Brasil, entre outros participantes ligados aos setores de educação, indústria e energia.
Este projeto é uma cooperação entre o MME e o Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento da Alemanha, por meio da GIZ, no âmbito da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável. O objetivo principal é apoiar a melhor integração das energias renováveis e eficiência energética no sistema brasileiro de energia.
Para tanto, também conta com a parceria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), entre outras instituições dos setores de energia e educação.