Bento trata de segurança energética em RR
Da Redação, de Brasília (com apoio do MME) —
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, vai a Roraima nos próximos dias para uma reunião de trabalho com o governador Antônio Denarium e as lideranças estaduais. Entre os temas da pauta de reunião está o andamento das providências para a construção da linha de transmissão que vai ligar Boa Vista a Manaus – o Linhão de Tucuruí –, bem como o futuro da segurança energética do Estado.
Conforme relatos da Funai, estão em andamento tratativas no sentido de confirmar a continuidade dos trabalhos do Projeto Básico Ambiental do Componente Indígena, com a participação efetiva da comunidade afetada nos estudos de campo.
A expectativa do Governo Federal é avançar no licenciamento e dar início às obras no segundo semestre deste ano para que o linhão entre em operação até dezembro de 2021, quando Boa Vista passará a ter a mesma qualidade de atendimento das demais capitais do país.
O ministro Albuquerque e o governador Denarium têm conversado sobre a situação energética em Roraima e as ações que o Ministério vem desenvolvendo no Estado. Com base no monitoramento feito pela Secretaria de Energia Elétrica do MME, eles acompanham as decisões tomadas em relação à garantia de suprimento de energia no curto e médio prazo.
Na reunião de trabalho programada também deve ser tratado o leilão de fontes de geração marcado para maio, que vai elevar a oferta de energia elétrica ao Estado. A Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME definiu que o leilão será disputado por projetos de fontes renováveis eólicas e solares, combinadas com armazenamento em baterias, e termelétricas a gás e óleo combustível.
Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao MME, já foram cadastrados mais de 150 projetos para o leilão de maio, e as propostas estão em análise para habilitação técnica.
A equipe técnica da EPE foi recebida no último dia 22 de março pelo governador Antônio Denarium e membros do governo estadual, em Boa Vista. A EPE está desenvolvendo os estudos de viabilidade técnico-econômica e de impacto ambiental da usina hidrelétrica Bem Querer, no Rio Branco. A missão técnica ocorreu entre os dias 18 a 22 para dialogar com diversos representantes da sociedade civil e do governo local.
Durante a reunião, os técnicos puderam apresentar o estágio atual desses estudos e as etapas do projeto. Além da usina hidrelétrica de Bem Querer, os Estudos de Inventário Hidrelétrico da Bacia do Rio Branco podem sugerir a construção de outras três usinas hidrelétricas de pequeno porte no Rio Mucajaí. Os projetos são de longo prazo de implantação e o potencial é superior a 700 MW.