Reive quer mudar premissas do planejamento
Maurício Corrêa, de Brasília —
O secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME, professor Reive Barros, está muito preocupado com a questão da expansão da oferta, pois entende que existe um buraco no modelo de planejamento criado pelo PT.
Na última quinta-feira, ele se reuniu com a área empresarial, em Brasília, e fez críticas elegantes, mas ainda assim críticas.
Como relatou, a área de Planejamento do MME fez as contas e entende que é necessário somar ao sistema elétrico, a cada ano, cerca de 5 GW de geração nova para poder amparar o crescimento médio da economia brasileira nos próximos 10 anos, estimando-se uma taxa de expansão do PIB próxima de 2%.
Entretanto, segundo o secretário, as concessionárias de distribuição têm declarado apenas algo em torno de uma necessidade anual de 2 GW. Essa enorme diferença entre o que está sendo demandado pelo mercado cativo de energia elétrica, através das distribuidoras, e a necessidade de expansão do sistema, tem tirado o sono de alguns técnicos do MME.
Por isso, Reive Barros tem dito (e o disse na quinta-feira passada) que é fundamental passar um pente fino na legislação setorial, para que esse tipo de situação não prospere e vire um problemão lá na frente.