Dois governos do presidente Bolsonaro
Maurício Corrêa, de Brasília —
Uma raposa felpuda que acompanha a política em Brasília há muito tempo disse, em tom de brincadeira, que o Governo Bolsonaro lembra uma lata de doce que existia nos anos 70, quando, na mesma embalagem, metade era de goiabada e a outra metade era de pessegada ou bananada. Era chamada de “dois em um”.
Assim existiriam dois governos do presidente Bolsonaro. Nos ministérios em que o guru e filósofo Olavo de Carvalho meteu o dedo (Relações Exteriores e Educação), sobra confusão e falta trabalho. Em compensação, naquelas áreas onde ele fica distante, como, por exemplo, a Justiça, Minas e Energia, Agricultura, Economia ou a Infraestrutura, as atividades se desenvolvem normalmente e todo mundo está focado naquilo que precisa ser feito.
Nessa avaliação, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que é militar de carreira, já estaria correndo em raia própria, alheio à fofoca que grassa em outras Pastas. Não está nem aí para o que diz ou pensa o tal filósofo e segue em frente.