Ativistas protestam contra AP da 16a. Rodada
Da Redação, de Brasília (com apoio da Coesus/350.org) —
Dando prosseguimento ao cronograma de leilões de blocos para exploração e produção de petróleo e gás no Brasil, a Agência Nacional do Petróleo e Gás (ANP) realizou, nesta quarta-feira, 10 de abril, uma audiência pública para analisar as contribuições recebidas durante a consulta pública referente à 16ª Rodada de Licitações de Blocos.
Ativistas da 350.org Brasil, da Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida e do Instituto Internacional Arayara, participaram da AP e manifestaram repúdio aos novos leilões, que prejudicariam a biodiversidade local e mundial. Também protestaram contra a maneira com que a ANP conduz o processo de oferta e venda de blocos.
“Constantemente a sociedade civil se manifesta contra a exploração de combustíveis fósseis, que aceleram o aquecimento global e causam eventos extremos como as grandes chuvas e enchentes que estamos acompanhando aqui no Rio de Janeiro. Além disso, a qualidade da água e toda a biodiversidade que temos é colocada em risco. O mundo já passa por uma transição e investe nas energias limpas e renováveis. Estamos no caminho errado!”, comentou o gestor ambiental e voluntário do Instituto Internacional Arayara, Renan Andrade.
“A ANP insiste em dificultar e ignorar os apelos da comunidade acerca dos processos de leilões. A região de Abrolhos, localizada entre o Espírito Santo e a Bahia, pode estar em risco por causa da forma obscura e irresponsável com que são realizados os licenciamentos e autorizações das áreas de risco”, disse a especialista em Sustentabilidade da 350.org Brasil e analista de Ações Comunitárias da Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida (COESUS), Suelita Röcker.