Amazonas Energia precisa de R$ 20,3 bi para cobrir dívidas
A Eletrobras divulgou nesta quinta-feira, 23 de junho, em resposta a ofício enviado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as condições de reembolso e as necessidades futuras de capital de duas de suas subsidiárias de distribuição que estão inclusas na Medida Provisória 735, editada quarta-feira pelo governo. A Amazonas Energia vai precisar, até 2025, de R$ 20,375 bilhões, por conta dos impactos de dívidas com fornecedores de combustíveis não ressarcidas pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).
Segundo a estatal, os aportes precisam ser feitos através de aumento de capital. No caso da Amazonas Energia, a dívida com fornecedores terá impacto de R$ 4,9 bilhões no passivo projetado para junho deste ano, já descontados os ressarcimentos previstos pela CDE. O valor total do passivo com esses fornecedores é de R$ 12,7 bilhões, e a Eletrobras já previa o reembolso de R$ 6,1 bilhões. Mas a nova lei permite um reembolso adicional de R$ 1,7 bilhão.
Assim, a Eletrobras calcula que, para que a Amazonas Energia possa ter condições de atender às metas exigidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a distribuidora vai precisar, com impacto dos custos com gás, de R$ 20,375 bilhões em aumento de capital até 2025. Em 2016, essa necessidade seria de R$ 4,043 bilhões, e em 2017, de R$ 3,830 bilhões. Sem o impacto do gás, o valor necessário seria de R$ 11,863 bilhões.