“Focus” indica estabilidade no IGP-M
A mediana do relatório Focus para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de 2025 se estabilizou em 5,62%, após três semanas seguidas de alta. Um mês antes, ela estava em 5,03%.
A projeção para 2026 subiu de 4,54% para 4,55%, a terceira alta seguida. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 17. O IGP-M subiu 6,54% em 2024.
Os índices gerais de preços, da Fundação Getulio Vargas (FGV), medem um agregado da inflação para três grupos: produtores (atacado, com impacto do câmbio e da variação e commodities), com peso de aproximadamente 60%; consumidores, com 30%; e construção, 10%.
Dólar
A mediana do relatório Focus para a cotação do dólar no fim de 2025 caiu de R$ 5,99 para R$ 5,98. Um mês antes, estava em R$ 6,0. A estimativa intermediária para 2026 continuou em R$ 6,00 pela nona semana consecutiva.
A projeção para o fim de 2027 se manteve em R$ 5,90. Quatro semanas antes, também estava em R$ 5,90. A estimativa intermediária para o fim de 2028 permaneceu em R$ 5,90. Um mês antes, também era de R$ 5,90.
A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020.
Evolução do PIB
A mediana do relatório Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025 caiu de 2,01% para 1,99%, após quatro semanas de estabilidade. Considerando apenas as 75 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa intermediária cedeu de 2,01% para 1,98%. Os dados forma divulgados nesta segunda-feira, 17.
O PIB brasileiro cresceu 0,2% no quarto trimestre do ano passado – abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de 0,4%. No acumulado de 2024, a economia teve alta de 3,4%. O carrego estatístico para 2025 é positivo em 0,8%.
A maioria dos indicadores de atividade de alta frequência compilados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) teve desempenho abaixo do esperado em janeiro. A produção industrial teve variação zero, enquanto o mercado previa alta de 0,4%. O volume de serviços caiu 0,5%, ante mediana de alta de 0,1%.
Em contrapartida, as vendas do varejo ampliado cresceram 2,3%, acima da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de 1,7%.
A estimativa intermediária do Focus para o crescimento da economia brasileira em 2026 caiu de 1,70% para 1,60%, após quatro semanas de estabilidade. Considerando só as 70 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, caiu de 1,70% para 1,56%.
A mediana para o crescimento do PIB de 2027 permaneceu em 2,0%. Um mês antes, era de 1,98%. A estimativa intermediária para 2028 ficou estável em 2,0% pela 53ª semana seguida.
O Banco Central espera que a economia brasileira cresça 2,10% este ano, conforme o mais recente Relatório Trimestral de Inflação (RTI).
Taxa Selic
A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 permaneceu em 15% pela décima semana seguida, às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta quarta-feira, 19. No último encontro, de janeiro, o colegiado aumentou os juros em 1 ponto porcentual e sinalizou elevação da mesma magnitude em março, de 13,25% para 14,25%.
Considerando apenas as 100 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa intermediária para a taxa básica de juros no fim de 2025 também permaneceu em 15,0%.
A mediana para a Selic no fim de 2026 ficou estável em 12,50% pela sétima semana consecutiva. Levando em conta apenas as 95 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, também permaneceu em 12,50%.
A estimativa intermediária para o fim de 2027 continuou em 10,50% pela quinta semana seguida. A mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 10,0% pela 12ª semana consecutiva.
Na ata da reunião de janeiro, o Copom reforçou o forward guidance de elevação da Selic em 1 ponto em março. Para além da reunião desta quarta-feira, a magnitude total do ciclo será “ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”, disse o colegiado.
