MME esclarece uso de térmicas no Nordeste
Da Redação, de Brasília (Com apoio do MME) —
O Ministério de Minas e Energia divulgou comunicado, em 18 de janeiro, garantindo que a Região Nordeste do Brasil não precisará religar, de forma contínua, as usinas térmicas com custo de geração superior a R$ 600 MW/h, que foram desligadas em agosto do ano passado, juntamente com térmicas de outras regiões.
Mesmo com a escassez de água nos reservatórios hidrelétricos da região, segundo o MME, essas térmicas mais caras continuarão sendo usadas apenas para os seus objetivos originais: de fortalecer o sistema eventualmente, em horários de pico; de substituir outras térmicas em manutenção; ou compensar alguma restrição elétrica que dificulte o abastecimento de outra fontes.
Citando o ONS, o MME explicou que o custo dessas térmicas, quando usadas dessa forma, não entra no cálculo das bandeiras tarifárias, que é restrito às usinas escaladas no Programa Mensal de Operação (PMO), que descreve todas as usinas que serão utilizadas durante o mês (com revisão semanal). Já o uso dessas térmicas mais caras é definida na Programação Diária da Operação Eletroenergética e em Tempo Real.
“Mas, mesmo que o custo do uso eventual dessas térmicas mais caras, por algumas horas do dia, fosse incluída nas bandeiras tarifárias, não teriam peso suficiente para alterá-las, por tratar-se de uma pequena quantidade de energia. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), por exemplo, essas térmicas representaram apenas 1,97% de toda a geração térmica do país ocorrida no período de 3 a 13 de janeiro de 2016. Foram somente 2.642 MWmédios, dentro de uma geração térmica total de 125.186 MWmédios, no período”, diz a nota do MME, disponibilizada na sua homepage.
Conforme a nota do MME, essa situação de segurança poderá até melhorar ao longo do ano, segundo a avaliação feita pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), na semana passada. No entendimento do Governo, o abastecimento da região continuará sendo feito sem sobressaltos, com a geração, mesmo reduzida, das usinas do rio São Francisco; com os parques eólicos da região, que continuam em expansão; com a importação de energia do Norte e do Centro-Sul; e com as térmicas de base da região.