BNDES aprova empréstimos para eólicas em PE, CE e RS
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou três financiamentos para complexos eólicos em Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Sul, no valor total de R$ 1,4 bilhão. Segundo o banco de fomento, os três projetos terão 274 aerogeradores, com potência instalada total de 495,6 MW, e devem gerar 1,6 mil empregos diretos e cerca de 3,5 mil indiretos na fase de implantação.
A maior operação fechada no fim de 2015, de R$ 658,3 milhões, apoia a implantação do Complexo Eólico de São Clemente, do grupo Casa dos Ventos, em Pernambuco, com capacidade instalada de 216,1 MW. Orçado em R$ 1,1 bilhão, o complexo reunirá oito parques, instalados nos municípios de Caetés, Capoeiras, Pedra e Venturosa, no Agreste Pernambucano.
Está prevista a geração de 500 empregos diretos e mil indiretos na fase de construção. Quando entrar em funcionamento, o projeto deverá criar 30 vagas diretas e 50 indiretas.
No Rio Grande do Sul, o valor do financiamento foi de R$ 496,5 milhões, para o Complexo Eólico de Hermenegildo, nos municípios de Santa Vitória do Palmar e Chuí. Orçado em R$ 1,04 bilhão, o complexo – pertencente à Eletrosul e Renobrax – tem capacidade de 180,8 MW, distribuída por 12 parques eólicos.
O complexo entrou em operação comercial em novembro de 2015. Em sua construção, foram criados 700 empregos diretos e 1,2 mil indiretos. Em operação são 70 diretos e 100 indiretos. Do total financiado pelo BNDES, R$ 346,5 milhões serão desembolsados diretamente pelo Banco e os R$ 150 milhões restantes serão repassados pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).
No Ceará, o Complexo Eólico de Aracati, do Grupo Alupar, recebeu R$ 261,3 milhões do BNDES. Orçado em R$ 483,15 milhões, o complexo, formado por cinco parques eólicos, terá potência instalada de 98,7 MW. Na construção devem ser criados cerca de 425 empregos diretos e 1,3 mil indiretos. Em operação serão 33 diretos e 100 indiretos.
O BNDES encerrou o ano passado com R$ 7,42 bilhões em aprovações para 82 novos projetos de geração de energia elétrica a partir dessa fonte, que somam 2.102 MW de potência instalada. O valor representa um aumento de 12,7% em relação ao montante aprovado no ano anterior, de R$ 6,58 bilhões.
A quantidade de projetos aprovados mais que dobrou, passando de 40 para 82 – crescimento de 105%. Desde 2003, a instituição financiou R$ 27,5 bilhões para 264 projetos de energia eólica, com potência instalada total de 4.975 MW.