CCEE indica que ESS pode cair pela metade em 2016
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE apresentou nesta segunda-feira, 29 de fevereiro, durante o InfoPLD ao vivo, análise do comportamento do PLD de fevereiro, além da projeção para os próximos meses. As análises apontam para a continuidade de recuperação das afluências e da melhora no armazenamento dos reservatórios, mantendo o PLD em valores mínimos e a redução dos valores do Encargo de Serviços do Sistema-ESS.
“Todos os submercados apresentaram aumento em seus reservatórios, em especial no Sudeste, que fechou fevereiro com Energia Natural Afluente – ENA em 89% da Média de Longo Termo – MLT. Houve recuperações significativas tanto no Nordeste, quanto no Norte”, revelou Rodrigo Sacchi, gerente de Preço da CCEE.
Sacchi ressaltou que o Sudeste tem apresentado um comportamento de afluências diferente do que costuma ser observado nessa época do ano. “Quando a gente observa a ENA de fevereiro, ele se comporta como se fosse abril, dois meses adiantado. O que era esperado para o mês de abril, está acontecendo em fevereiro”, explicou Sacchi, que assinalou que essa situação não se repete em todo o país, apesar das altas afluências no geral. “Ao contrário do comportamento do Sudeste, o Nordeste apresenta comportamento com dois meses de atraso”, completou.
Em relação ao PLD, as projeções seguem otimistas para o mês de março em todo o país, permanecendo em valores próximos ao valor mínimo (R$ 30,25/MWh), sendo o Nordeste o submercado com maior redução do preço. “No Nordeste, a tendência é de queda ao longo dos próximos meses, podendo atingir o mínimo em junho de 2016, conforme viemos projetando desde o início do ano”, disse Sacchi. O PLD da região começou o mês de março em R$ 223,17/MWh, preço 8% abaixo dos R$ 243,41/MWh em que terminou fevereiro.
O Encargo de Serviços para o Sistema – ESS preliminar para março deve totalizar R$ 382 milhões, fechando o ano de 2016 em R$ 2 bilhões, menos da metade do total consolidado no ano passado, que ficou em R$ 5,6 bilhões. Em relação ao fator de ajuste do MRE (GSF), os dados mostram um comportamento bastante favorável. “O MRE deve apresentar um retorno de 90% de energia alocada no mês de fevereiro. Em março estamos estimando algo em torno de 97,7%. No ano, a estimativa é de 92,7%”, revelou Sacchi.