Armazenamento tem mercado de 95 GW
Da Redação, de Brasília (Com apoio da Abaque) —
O primeiro estudo sobre o mercado brasileiro para Sistemas de Armazenamento de Energia acaba de ser concluído, indicando uma demanda potencial de 95 GW, volume que seria capaz de atender a carga do país durante uma hora.
Sob o título “Visão Geral de Tecnologia e Mercado para Sistemas de Armazenamento de Energia Elétrica no Brasil”, o estudo foi desenvolvido por Alexandre Francisco Maia Bueno e Carlos Augusto Leite Brandão, ambos diretores da Associação Brasileira de Armazenamento e Qualidade de Energia (Abaque). Ao mapear o mercado em seus diversos segmentos, os autores também apresentam as várias tecnologias de armazenamento atualmente disponíveis no mercado global – com os respectivos estágios de maturidade – e as possibilidades de sua aplicação.
Sistemas de armazenamento, em resumo, convertem energia elétrica em outra forma de energia armazenável, durante o processo de carga (química, mecânica, térmica etc.), e a transformam novamente em energia elétrica durante o processo de descarga. Têm, portanto, diversas aplicações em toda a cadeia de valor da energia elétrica – da geração ao consumidor final.
Por este motivo, a aplicação dos SAEs é crescente em todo o mundo. Segundo dados compilados pela Abaque, em agosto passado, o total instalado era de 185,3 GW, alcançando 187,3 GW em março deste ano. No Brasil, apenas em 2015 o tema entrou na agenda do setor elétrico.
O estudo da Abaque aborda a aplicação destas tecnologias nos segmentos de Operação, Regulação e Controle do Sistema Elétrico de Potência (SEP). Entre as vantagens que o armazenamento permite, encontram-se a redução de ponta de carga (arbitragem); a confiabilidade em hospitais e centros cirúrgicos, e em instalações consumidoras em geral; suprimento contínuo de energia em sistemas isolados; e o atendimento à Indústria Automotiva, na área de veículos elétricos.