Evento agita energia solar em agosto
Da Redação, de Brasília (Com apoio da Intersolar) —
O Brasil tem se consolidado nos últimos anos como uma das principais potências em energia solar na América Latina. Leilões federais dedicados exclusivamente a esta fonte, somados à vocação natural do país para explorar este recurso – dada a sua localização geográfica – e a necessidade de o país diversificar sua matriz energética, são ingredientes que devem impulsionar ainda mais o setor nos próximos períodos.
Para promover as tecnologias e aplicações da energia solar no país, será realizada a exposição e conferência Intersolar South America 2016, de 23 a 25 de agosto no Expo Center Norte, em São Paulo. A Intersolar, que este ano completa 25 anos, percorrendo o mundo para promover este mercado, receberá nesta sua 5ª edição sul-americana empresas, profissionais e usuários para debater tendências, realizar negócios e trocar conhecimentos sobre os desenvolvimentos tecnológicos desse mercado, métodos de produção eficientes, formação profissional na área, financiamento e planejamento de projetos, e apresentar soluções, entre outras atividades.
Para esta edição, são esperados mais de 100 expositores, nacionais e internacionais, que vão apresentar novas tecnologias em células e módulos fotovoltaicos de silício cristalino e de filmes finos, componentes de sistemas FV, tecnologias de baterias, rastreamento solar e sistemas de montagem, entre outras soluções.
De acordo com Mônica Carpenter, diretora da Aranda Eventos, empresa organizadora, a Intersolar South America é realizada em um momento oportuno, quando estão em pauta as melhorias estruturais que o país tanto necessita no campo da energia. “A Intersolar será o ambiente ideal para a discussão, por um lado, da expansão das grandes usinas solares no País e, por outro, da mudança de paradigma que representa o avanço da geração distribuída, em que o pequeno consumidor começa a abandonar sua condição passiva para produzir a própria eletricidade”, afirma a executiva.
Mesmo com Chile e México ainda liderando este mercado na América-Latina, o Brasil aparece como forte candidato a ser o principal protagonista do segmento no longo prazo. Para ratificar o bom momento do setor, o Brasil terá um novo leilão voltado à energia solar, o 1º Leilão de Reserva, marcado para julho – de acordo com anúncio feito pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Em 2015, o número de painéis fotovoltaicos instalados no Brasil cresceu substancialmente, em função do aumento nas tarifas de eletricidade, que sofreram incremento de até 50%. Outro ponto que cooperou para este avanço foram as mudanças na regulamentação, que permitiram aos consumidores implantarem sistemas fotovoltaicos em suas instalações e interligá-los à rede da distribuidora: gerando sua própria energia, eles podem até mesmo zerar sua conta de luz e ainda injetar energia excedente na rede, ficando com créditos para consumos futuros.
Em São Paulo, o Governo do Estado publicou em 2015 dois decretos que incentivam a mini e microgeração de energia elétrica solar e a produção de peças para a fabricação de módulos e outros produtos para energia fotovoltaica. Com esta medida, o Governo Paulista pretende atingir 69% de participação de fontes renováveis em sua matriz energética até 2020.
Já Minas Gerais figura como um dos estados que mais apresentam micro e miniusinas, geralmente instaladas nos telhados de residências e comércios. Além destes estados, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Paraíba, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro, regiões privilegiadas por suas posições geográficas, com incidência de sol praticamente o ano todo, também se movimentam para disseminar a tecnologia.