Consumo de energia cai 3,6% no mercado regulado em agosto
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
O consumo de energia no Sistema Interligado Nacional – SIN alcançou 58.960 MW médios em agosto, com queda de 3,6% no mercado cativo – ACR, no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, e aumento de 11,6% no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual consumidores compram energia diretamente dos fornecedores. As informações constam na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
Na análise geral, tanto o consumo quanto a geração de energia elétrica no país ficaram praticamente estáveis (+0,1%) na comparação com agosto de 2015. A migração de empresas para o mercado livre impactou no aumento de 8,6% no consumo de energia entre os consumidores livres. Mesmo sem a contabilização destas novas unidades consumidoras, houve um crescimento de 2,7%. No caso dos consumidores especiais, a grande procura de agentes ampliou o consumo em 52%. Com a exclusão das novas unidades consumidoras dessas empresas, o consumo teve queda de 6,3%.
Dentre os ramos da indústria monitorados pela CCEE, incluindo autoprodutores, consumidores livres e especiais, os setores que registraram maior aumento no consumo foram o de comércio (+49,4%), de serviços (+35,4%) e de alimentos (+28,9%). Os setores de extração de minerais metálicos (-17,4%) e transporte (-1,9%), por sua vez, registraram queda no consumo ao longo do mês.
Já em relação à geração de energia, houve a entrega de 61.142 MW médios ao SIN em agosto, com destaque para o incremento de 22% da produção eólica (4.263 MW médios). A geração hidráulica, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas, alcançou 43.122 MW médios, montante 6,4% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. A representatividade da fonte foi de 70,5% sobre toda energia gerada no país, índice 4,2 pontos percentuais superior ao registrado em 2015. Os dados preliminares ainda apontam queda de 19,5% na produção das usinas térmicas, impactada pelo desempenho das usinas a óleo (-72,4%), a gás (-28,1%) e a carvão mineral (-12,8%).