CCEE: PLD fica na faixa de R$ 200,00 por MWh até final do ano
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE apresentou nesta segunda-feira, 03 de outubro, durante o InfoPLD ao vivo uma análise do comportamento do Preço de Liquidação das Diferenças – PLD de setembro e para início de outubro. A conjuntura hidrológica com queda nos níveis dos reservatórios e redução das afluências deixa o PLD mais alto do que o registrado nos últimos meses, tendência que deve se manter para o próximo ano.
“A expectativa é de um período chuvoso com afluências abaixo da média histórica em todos os submercados, refletindo no aumento do preço, que deve ficar na faixa dos R$ 200/MWh até o final do ano. Ao longo de 2017, ele deve permanecer acima desse valor, influenciado pelo fim antecipado do período úmido de fevereiro a março”, afirma o gerente de preço da CCEE, Rodrigo Sacchi.
A previsão de ENAs para o Sudeste fechou agosto em 104% da MLT, acima da média histórica, mas o índice de setembro caiu para 95% da média. Já na região Sul, com o fim do fenômeno El Niño, as afluências saíram de 116% em agosto para 74% da média em setembro. “Observamos que as ENAS de setembro se reduziram abaixo da MLT e a expectativa para o período chuvoso dos próximos meses é de ficar bem abaixo da média histórica”, analisa Sacchi.
Os níveis dos reservatórios do Sistema Interligado Nacional – SIN já refletem a piora no cenário hidrológico, registrando reduções em todas as regiões em setembro. No Sudeste houve queda de quase 7%, com os reservatórios em 39,9%. A redução no Sul foi ainda maior (-11,7%) e os níveis caíram a 78,9%. As situações são mais críticas no armazenamento do Nordeste, com 14,7% (-5,1%), e no Norte, com 39,6% (-8,4%).
A carga de energia para todo o Sistema sofreu aumento de 2,9% para setembro e de 3,2% para outubro, na comparação com os índices previstos ainda no primeiro PMO do ano, feita em janeiro de 2016.
As análises do fator de ajuste do MRE indicam que deva ficar em 83%, em setembro, e 90,1%, em outubro. Quando considerada a repactuação do risco hidrológico, que leva em conta a sazonalização “flat”, setembro registra 81% de energia alocada e outubro alcança 87%, fechando 2016 em 88% nos dois cenários analisados.
Em setembro, os Encargos de Serviços do Sistema – ESS devem chegar a R$ 273 milhões, montante que deve ser reduzido para R$ 159 milhões em outubro. Para 2016, o ESS consolidado deve ser de R$ 3,2 bilhões.