MME: nova relação com mercado facilita investimentos
Da Redação, de Brasília (com apoio do MME) —
O Ministério de Minas e Energia tem trabalhado para estimular no setor elétrico um ambiente de negócios que seja interessante para todos os elos da cadeia produtiva e para o consumidor brasileiro. Foi o que defendeu o ministro Fernando Bezerra Coelho Filho nesta terça-feira, 08 de novembro, durante apresentação no painel sobre gestão regulatória, no XXII Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica (SENDI), em Curitiba (PR).
O ministro lembrou que havia um grande emaranhado entre os papeis institucionais dos órgãos do setor, bem como em suas atribuições. “Por consequência, todo o setor ficava um pouco perdido, desorientado, sem saber a quem recorrer para defender seus interesses de forma legítima”, lembrou o ministro. “Assim que chegamos, procuramos estabelecer uma nova dinâmica de relacionamento”, disse.
Coelho Filho disse que, passados quase seis meses da nova gestão, há uma percepção de todo o setor de que hoje existe uma linha de comando, com um Ministério de Minas e Energia empoderado e com secretários com atribuições muito bem definidas. “Pode parecer pouco, mas esse ambiente dá uma tranquilidade para quem está do outro lado, que toma a decisão do investimento”, explicou o ministro.
A melhoria do diálogo com o setor produtivo também foi destacada como um ponto importante para o avanço do setor. Ao citar os desafios do mercado livre, o ministro lembrou da necessidade de um ambiente regulatório muito bem definido para o segmento e ressaltou que o ministério está empenhado em ouvir propostas através de consulta pública em andamento para poder atuar de maneira dialogada com todos os agentes envolvidos.
A defesa da lógica econômica para o setor foi outro ponto defendido por Coelho Filho, que disse que espera que o processo de venda das distribuidoras da Eletrobras seja concluído até o final de 2017. “De fato, o poder público tem que se dedicar a fazer aquilo que é prioridade ou que saiba fazer com excelência”, disse.
“Nós, do MME, estamos desafiados, mas também animados com a oportunidade que se abre para o país e para o setor elétrico brasileiro. Tenho convicção de que operando com sinais claros, será o setor elétrico brasileiro que vai ajudar o pais a sair dessa crise que estamos enfrentando”, afirmou.
Também participaram do painel o diretor geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, e o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite.