Enerray vê Brasil como nova fronteira da energia solar
Diante do panorama econômico, diversos fatores dificultam a viabilização de novas usina hidrelétricas e térmicas, abrindo espaço para outras fontes geradoras de energia, como a eólica e a fotovoltaica. Dentro desse cenário, algumas empresas internacionais enxergam no Brasil uma grande oportunidade para a exploração de usinas de energia limpa. Uma das oportunidades que vem se destacando são as usinas fotovoltaicas.
Uma empresa que vem investindo forte nesse segmento é a italiana Enerray do Brasil, especializada em energia fotovoltaica. É uma, subsidiária da SECI Energia da Itália e faz parte do Gruppo Industriale Maccaferri, com negócios em diversos segmentos e operação mundial.
Líder em montagem de usinas fotovoltaicas, a Enerray vê o Brasil como a nova fronteira para energias renováveis. Segundo o diretor da Enerray do Brasil, Thomas Kraus, o Brasil é um mercado com perspectivas de crescimento muito significativas a médio e longo prazo e a empresa pretende se estabelecer como uma referência no setor de energia renovável.
A Enerray está construindo duas usinas no interior da Bahia que vão gerar 254 MWp e 103 MWp e uma produção anual estimada em 700 GWh. Uma das usinas será entregue em abril e a obra, de 550 hectares, é um sistema fotovoltaico de geração centralizada de energia. A energia que será produzida equivale às necessidades anuais de consumo de mais de 268 mil domicílios brasileiros, traz benefícios para o meio ambiente evitando a emissão de mais de 180 mil toneladas de CO² por ano. As obras já realizadas pela Enerray são responsáveis por retirar da atmosfera 524.332,23 toneladas de CO².
Esta será a maior usina fotovoltaica da América Latina e contribuirá para atender a demanda de eletricidade no Brasil, que segundo as estimativas até 2020, terá um aumento de consumo em uma taxa média anual de 4%.
O sistema que será entregue em abril, é constituído por 7 subsistemas, instalado com painéis rastreadores de eixo único que permitirão que os módulos fotovoltaicos se movam ao longo do dia sempre acompanhando a posição do sol, aproveitando ao máximo a insolação e maximizando a energia gerada. Segundo o Greenpeace, organização não governamental que estuda e defende o meio ambiente, o Brasil tem plenas condições de chegar a 2050 com uma matriz energética baseada 100% em renováveis.