PLD sobe em todos os submercados
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica — CCEE — informou que o Preço de Liquidação das Diferenças — PLD — para o período entre 24 e 30 de junho apresentou crescimento de 15% no submercado Sudeste, ao passar de R$ 140,18/MWh para R$ 160,62/MWh. O preço no Sul também subiu (+5%), ao passar de R$ 87,00/MWh para R$ 91,44/MWh. Já no PLD dos submercados Norte e Nordeste, o crescimento foi de 28%, ao passar de R$ 140,18/MWh e ir para R$ 178,85/MWh.
As afluências previstas para o Sistema, em junho, reduziram em torno de 1.700 MWmédios, sendo revistas de 132% para 129% da Média de Longo Termo – MLT. No Sul e Sudeste, as afluências ficaram em 273% e 109%, respectivamente, no entanto, ainda ficaram abaixo da MLT no Nordeste (32%) e no Norte (61%). O crescimento no PLD em todo o País é explicado, principalmente, pela redução nos índices de afluências verificados.
Já a previsão de carga para a próxima semana deve ficar em torno de 200 MWmédios mais baixa que a expectativa anterior, com retração esperada apenas no Sudeste, em 400 MWmédios. Para os demais submercados, é esperada elevação, em torno de 165 MWmédios no Sul, 25 MWmédios no Nordeste e 10 MWmédios no Norte.
Os níveis dos reservatórios do SIN ficaram em torno de 1.400 MWmédios acima do esperado, com elevação observada apenas no Sul, cujos níveis estão cerca de 1.600 MWmédios mais altos. No Norte, os níveis estão aproximadamente 170 MWmédios mais baixos e, no Sudeste e Nordeste, os níveis permaneceram praticamente estáveis.
O fator de ajuste do MRE previsto para junho foi revisto de 79,5% para 78,9%. A previsão para os Encargos de Serviços do Sistema – ESS está em R$ 120 milhões para junho, sendo R$ 58 milhões referentes à segurança energética.
Geração cresce pouco
Dados preliminares de medição coletados de 1º a 20 de junho apontam crescimento de 0,2% na geração de energia elétrica no País e estabilidade no consumo, na comparação com o mesmo período do ano passado. As informações constam da mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
A geração de energia no Sistema Integrado Nacional —- SIN — ao longo de junho apresentou aumento de 0,2%, registrando 60.792 MW médios perante 60.643 MW médios no mesmo período do ano passado. A produção das térmicas teve queda de 5,8% devido, principalmente, à diminuição das usinas a reação exotérmica (-78,2%) e a carvão mineral (-36%). As usinas eólicas (35,2%) produziram montante superior e as usinas hidráulicas (incluindo as PCHs) tiveram queda de 0,7% em relação ao entregue em 2016.
O consumo de energia, ao longo do período, somou 57.944 MW médios, ficando no mesmo patamar do ano passado, que teve 57.934 MW. Houve queda de 4,8% no consumo do Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, montante influenciado pela migração de consumidores para o mercado livre. Caso esse efeito fosse desconsiderado, o consumo no período teria aumentado 1,8%.
Já no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual consumidores compram energia diretamente dos fornecedores, o consumo com as novas cargas vindas do mercado cativo cresceu 16,7%, número que apresentaria retração de 1,9% sem o movimento de migração.
Entre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os maiores índices de aumento no consumo de energia no período pertencem aos segmentos de comércio (104,3%); serviços (85,3%); e telecomunicações (79,2%), variações analisadas sob o efeito da migração para o mercado livre.