PLD permanece estável nos submercados
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 22 e 28 de julho subiu 1% ao ser fixado em R$ 269,76/MWh no Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. O preço segue equalizado em todo o país, uma vez que os limites de intercâmbio entre os submercados não foram atingidos em nenhum patamar de carga.
As afluências previstas para o Sistema, em julho, foram revistas de 66% para 64% da Média de Longo Termo – MLT, abaixo da média para todos os submercados. Houve redução no Sudeste/Centro-Oeste (80% para 79%), Sul (57% para 42%) e Nordeste (33% para 31%) com a manutenção do índice previsto anteriormente para o Norte (61% da média histórica).
Não há expectativa de mudança na previsão de carga para a próxima semana.
Já os níveis dos reservatórios do SIN ficaram 450 MWmédios inferiores à previsão anterior com quedas de 250 MWmédios no Sul, 50 MWmédios no Nordeste e 150 MWmédios no Norte. O Sudeste não apresentou alteração.
O fator de ajuste do MRE previsto para julho foi revisto de 66,9% para 66% e os Encargos de Serviços do Sistema – ESS são esperados em R$ 48 milhões para o período, sendo R$ 20 milhões referentes à segurança energética.
Queda no consumo e na geração
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 18 de julho apontam quedas de 2,5% no consumo e de 2,1% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período do ano passado. As informações constam da mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
Em julho, foram consumidos 56.307 MW médios no Sistema Interligado Nacional – SIN, montante de energia 2,5% inferior aos 57.740 MW médios consumidos nos mesmos dias de 2016. O Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, apresentou queda de 7,4% no consumo, número impactado diretamente pela migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Caso esse movimento dos agentes fosse desconsiderado, haveria queda de 1,8% no consumo no período.
No Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, o consumo apresentou elevação de 10,6%, índice que já considera as novas cargas vindas do mercado cativo (ACR). Sem a migração, o ACL teria queda de 4,4% no consumo.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os maiores índices de aumento no consumo de energia no período pertencem aos segmentos de comércio (79,6%), telecomunicações (67,5%) e saneamento (50,8%), valores também impactados pelo movimento de migração dos consumidores para o mercado livre.
Já os números da geração de energia no Sistema indicam queda de 2,1% na produção das usinas que entregaram 58.820 MW médios no período analisado, índice explicado pelo desempenho inferior (-11,5%) na produção das usinas hidráulicas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas. A geração das térmicas cresceu 21%, principalmente em razão do desempenho positivo de usinas termelétricas a gás (+47,6%) e térmicas nucleares (+35%). Outro destaque no período é o aumento de 29% na geração das usinas eólicas do SIN.
O InfoMercado Dinâmico também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE gerem, em julho, o equivalente a 66,85% de suas garantias físicas, ou 38.740 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual foi de 71,63%.