PLD sobe 10% e é fixado em R$ 494,46/MWh
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 02 e 08 de setembro subiu 10% ao passar de R$ 449,04/MWh para R$ 494,46/MWh no Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. O preço segue equalizado em todos os submercados, uma vez que os limites de intercâmbio entre eles não foram atingidos em nenhum patamar de carga.
Principal responsável pelo aumento do PLD, a previsão de afluências para o Sistema Interligado Nacional – SIN foi revista de 80% para 70% da média histórica para setembro. As ENAs esperadas para o mês permanecem abaixo da média em todos os submercados: Sudeste (84%), Sul (60%), Nordeste (32%) e Norte (57%).
A expectativa de carga para a próxima semana está 1.225 MWmédios mais baixa frente ao número da semana anterior com reduções esperadas em todos os submercados, exceto no Sul (+60 MWmédios). As demais previsões de carga são: Sudeste (-980 MWmédios), Nordeste (-205 MWmédios) e Norte (-100 MWmédios).
Os níveis dos reservatórios do Sistema estão cerca de 1.320 MWmédios mais baixos na comparação com última semana, fator que também impacta na alta do PLD. As reduções foram verificadas no Sudeste (-1.020 MWmédios) e no Sul (-485 MWmédios). No Nordeste (+105 MWmédios) e no Norte e (+80 MWmédios) os níveis de energia armazenada estão mais altos.
O fator de ajuste do MRE previsto para setembro foi revisto de 64,7% para 62,7%. Os Encargos de Serviços do Sistema – ESS são esperados em R$ 4,54 milhões para o período, valor integralmente relacionado à restrição operativa.
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 29 de agosto indicaram retração de 0,8% no consumo e geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período do ano passado. As informações constam da mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
Em agosto, o consumo no Sistema Interligado Nacional – SIN somou 58.493 MW médios, queda de 0,8% frente ao montante registrado no mesmo período do ano passado. O Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, teve queda de 5%, número impactado pela migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Haveria ainda crescimento 0,4%, caso esse movimento fosse desconsiderado.
Já no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, houve aumento de 10,3% no consumo, número que também inclui na análise os novos consumidores vindos do mercado cativo (ACR). Excluindo esse impacto da migração, o ACL teria queda de 3,8% no consumo.
A avaliação do consumo de energia por ramos da indústria monitorados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, aponta que os maiores índices de retração no período, excluindo a migração, pertencem aos segmentos de minerais não metálicos (-10%), de bebidas (-8,7%) e comércio (-4,2%). Os setores de veículos (+8,4%) e saneamento (+3,9%), por sua vez, registraram incremento no consumo dentro do mesmo cenário de migração.
A análise indica ainda que a geração de energia no Sistema somou 60.742 MW médios, montante de energia 0,8% inferior ao gerado no ano passado, retração impactada pela queda de 14,2% na produção das usinas hidráulicas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas. Contudo, a geração cresceu entre as usinas eólicas (+28,5%) e térmicas (+31%) no período.