Eficiência energética é discutida em SP
Da Redação, de Brasília (Com apoio da Abesco) —
Terminam nesta sexta-feira, 1º de setembro, o 14º Congresso Brasileiro de Eficiência Energética (Cobee) e a ExpoEficiência 2017, que se realizam em São Paulo. Os eventos reúnem especialistas de várias áreas do setor elétrico e na pauta das discussões estão os desafios da eficiência energética frente ao cenário político, regulatório e macroeconômico.
Durante o painel de abertura, do congresso realizado nesta quinta-feira, 31 de agosto, o secretário de Energia e Mineração do Estado de São Paulo, João Carlos Meirelles, destacou a importância das consultas públicas nº 32; 33 e 34 que revisam o marco regulatório do setor. “A remodelação do setor elétrico brasileiro, que está sendo discutida em Brasília, traz a oportunidade de ampliarmos a introdução de novas formas de energia em nossa matriz. E eficiência energética é também considerada uma forma de gerar energia, através da economia”, argumentou Meirelles.
O próprio superintendente de Estudos Econômicos-Energéticos da EPE, Jefferson Borghetti, ressaltou que a eficiência energética é o combustível mais barato e que por isso deve-se combater todas as barreiras que impedem o desenvolvimento e expansão do setor, para que seja possível alcançar a meta de 10% da demanda de energia elétrica, a ser suprida pela eficiência até 2025.
O tema ganha volume dentro da Aneel, tanto que superintende de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética, Ailson de Souza Barbosa, confirmou que é necessário alterar o modelo do setor elétrico baseado na expansão. “Entre 1998 e 2015 nós tivemos uma economia de energia acumulada de 46TWh, ou seja, uma retirada de demanda na ponta de 2,3GW. Um potencial enorme que não deve ser ignorado”, afirmou.
Enquanto isso, o gerente do Programa Nacional de Conservação de Energia (Procel) da Eletrobras, Marcel da Costa Siqueira, destacou que o programa está trabalhando em mais de 61 projetos, entre eles um convênio com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que tem como objetivo ampliar a eficiência energética na indústria, com previsão de investimento de aproximadamente R$ 8 milhões.
Para o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), Alexandre Moana, as discussões são fundamentais para a redução do desperdício. “A alimentação de um consumidor ineficiente por um sistema de geração distribuída é algo similar a um sistema de coleta de água da chuva instalado para alimentar uma caixa d’água com vazamentos. Serão despendidos esforços e insumos ambientais para cultivar um desperdício que não foi corrigido”, finalizou.