PLD permanece no teto de R$ 533,82/MWh
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 23 e 29 de setembro no Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte segue fixado em R$ 533,82/MWh, valor máximo estabelecido para 2017.
Principal fator para a manutenção do preço no teto, a previsão de afluências para o Sistema registrou nova queda, passando de 52% para 49% da média histórica para o mês de setembro. Apenas no Norte as ENAs esperadas não sofreram redução, permanecendo em 55% da MLT. No Sudeste (67% para 66%), Sul (33% para 27%) e Nordeste (30% para 29%) as afluências foram revistas para baixo.
Em razão do aumento das temperaturas, a previsão de carga esperada para a próxima semana no SIN deve ficar cerca de 910 MWmédios mais alta quando comparada ao previsto na semana anterior, elevando-se no Sudeste (+1.110 MWmédios) e no Norte (+100 MWmédios). No Sul (-140 MWmédios) e no Nordeste (-160 MWmédios) a expectativa é de redução.
Os níveis dos reservatórios do Sistema estão cerca de 1.000 MWmédios mais baixos frente à previsão da semana passada, queda que também impacta no PLD. As reduções foram verificadas no Sudeste (-610 MWmédios), no Sul (-180 MWmédios) e no Norte (-365 MWmédios). No Nordeste, os níveis de energia armazenada estão cerca de 155 MWmédios mais elevados.
O fator de ajuste do MRE previsto para setembro foi revisto de 62% para 62,5%. Os Encargos de Serviços do Sistema – ESS são esperados em R$ 24 milhões para o período, valor integralmente relacionado à restrição operativa. Já a previsão para o custo decorrente do descolamento entre o CMO e o PLD é de aproximadamente R$ 17 milhões.
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 19 de setembro indicam aumento de 1,1% no consumo e de 0,7% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período de 2016. As informações constam da mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
O consumo no Sistema Interligado Nacional – SIN, em setembro, totalizou 59.495 MW médios, elevando-se em 1,1% na comparação com a energia consumida nos mesmos dias do ano passado. O Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, registrou queda de 2,4% no consumo, montante que reflete a migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Sem esse efeito de mercado, haveria aumento mais significativo, ou seja, de 2,2% no consumo do ACR.
Já no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, a análise indica incremento de 10,6% no consumo, índice impactado pela chegada de novas cargas vindas do mercado cativo (ACR). Caso esse movimento fosse desconsiderado, o ACL apresentaria queda de 1,7% no consumo.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de veículos (+7,8%), saneamento (+5,5%) e têxtil (+2,9%) registraram incremento no consumo, mesmo quando a migração é desconsiderada. Por outro lado, os maiores índices de retração, nesse mesmo cenário, pertencem aos segmentos de minerais não metálicos (-10,1%), bebidas (-8,8%) e químico (-5%).
A análise da geração de energia no Sistema, por sua vez, indica a entrega de 61.697 MW médios de energia em setembro, montante 0,7% superior à produção de 2016. O índice é explicado pelo aumento de 22,7% na geração das usinas térmicas e de 28,2% das eólicas. A produção das usinas hidráulicas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas, por sua vez, registrou queda de 10,6% no período.