PLD segue fixado em R$ 533,82/MWh
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 30 de setembro e 06 de outubro nos submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte permanece no teto de R$ 533,82/MWh estabelecido pela Aneel para 2017.
Em setembro, a previsão de afluências para o Sistema deve fechar em 48% média histórica. Para outubro, as ENAs são esperadas em 65%, e continuam a impactar no PLD. Os índices devem ficar em 79% da Média de Longo Termo – MLT no Sudeste, 52% no Sul, 31% no Nordeste e em 56% da média histórica no Norte.
Para a próxima semana, a expectativa é que a carga prevista fique em torno de 1.190 MWmédios mais baixa com aumento esperado apenas no Nordeste (+85 MWmédios). A previsão indica reduções no Sudeste (-1.190 MWmédios), Sul (-44 MWmédios) e Norte (-40 MWmédios).
Já os níveis dos reservatórios do Sistema estão cerca de 300 MWmédios mais baixos frente ao esperado na última passada com quedas no Sudeste (-205 MWmédios) e no Nordeste (-395 MWmédios). A expectativa é de elevação nos índices de energia armazenada nos reservatórios do Sul (+40 MWmédios) e do Nordeste (+260 MWmédios).
O fator de ajuste do MRE previsto para setembro é de 61,6% e o índice para outubro é de 61,2%. Os Encargos de Serviços do Sistema – ESS são esperados em R$ 31 milhões para setembro, montante referente à restrição operativa. Já para outubro, a previsão é nula.
Dados do consumo
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 26 de setembro indicam aumento de 2,1% no consumo e de 1,5% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período de 2016. As informações constam da mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
Até a 4ª semana de setembro, o consumo de energia no Sistema Interligado Nacional – SIN alcançou 60.148 MW médios, aumento de 2,1% frente ao consumo em 2016. O consumo no Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, caiu 1%, número impactado pela migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Caso esse movimento fosse desconsiderado, haveria alta de 3,3% no consumo do mercado cativo.
O Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, por sua vez, registrou incremento de 10,4% no consumo, índice calculado já com as novas cargas vindas do mercado cativo (ACR). Sem a presença dessas cargas na análise, o ACL apresentaria queda de 2,2% no consumo.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de veículos (+7,1%), saneamento (+5,9) e têxtil (+1,9%) registraram incremento no consumo, mesmo quando a migração é desconsiderada. Por outro lado, os maiores índices de retração, nesse mesmo cenário, pertencem aos segmentos de bebidas (-9,7%), minerais não metálicos (-8,6%) e químico (-7%).
Já a geração de energia no Sistema registrou 62.280 MW médios de energia em setembro, montante 1,5% superior ao gerado no ano passado. Os números são impulsionados pelo aumento de 22% na geração das usinas térmicas e de 36,3% das eólicas. Já a produção das usinas hidráulicas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas caiu 9,9% no período.