PLD permanece no teto de R$ 533,82/MWh
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 07 e 13 de outubro, nos submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, segue no valor máximo de R$ 533,82/MWh estabelecido pela Aneel para 2017.
A previsão de afluências para o Sistema, em outubro, subiu de 65% para 69% da média histórica, índice influenciado pelas ENAs esperadas para o Sul (de 52% para 64% da MLT). A expectativa de afluências para o Sudeste permanece inalterada, em 79% da MLT. Já as previsões para o Nordeste (de 31% para 26%) e para o Norte (de 56% para 51% da média) foram reduzidas na comparação com a expectativa da semana anterior.
A carga prevista para a próxima semana deve ficar em torno de 310 MWmédios mais baixa, redução esperada apenas no Sul. Nos demais submercados, a carga não se alterou.
Já os níveis dos reservatórios do Sistema ficaram cerca de 630 MWmédios mais baixos frente à expectativa da última semana com reduções no Sudeste (-815 MWmédios) e no Norte (-175 MWmédios). A previsão indica níveis mais altos no Sul (+100 MWmédios) e no Nordeste (+260 MWmédios).
O fator de ajuste do MRE previsto para outubro foi revisto de 61,2% para 60,2% e os Encargos de Serviços do Sistema – ESS são esperados em R$ 6 milhões para o mês, montante referente apenas à restrição operativa
Os custos decorrentes do descolamento entre o CMO e o PLD, que remuneram as usinas que são despachadas por ordem de mérito, estão acima do preço máximo e são estimados em R$ 41 milhões para outubro.
Consumo aumenta
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 30 de setembro indicam aumento de 2,3% no consumo e de 1,4% na geração de energia elétrica no país, na comparação com setembro de 2016. As informações constam da mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
A análise indica que, em setembro, o consumo de energia no Sistema Interligado Nacional – SIN somou 60.663 MW médios, aumento de 2,3% na comparação com o consumo no mesmo período do ano passado. No Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, o boletim indica elevação de 12% no consumo, índice que já leva em conta as novas cargas de consumidores vindas do mercado cativo (ACR). Sem a presença dessa migração na análise, o ACL teria retração de 0,8% no consumo.
Já a energia consumida no Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, caiu 1,3%, índice que reflete a migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Haveria alta de 3,6% nesse consumo, caso tal movimento de mercado fosse desconsiderado.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de veículos (+6,5%), saneamento (+5,8%) e de madeira, papel e celulose (+3,3%) registraram incremento no consumo, mesmo quando a migração é desconsiderada. Os maiores índices de retração, nesse mesmo cenário, pertencem aos segmentos de bebidas (-7,7%), químico (-6,9%) e de minerais não metálicos (-6,3%).
Em setembro, a geração de energia no Sistema totalizou 62.646 MW médios, montante 1,4% superior à produção em 2016. O crescimento é impulsionado pelo incremento de 21,2% na geração das usinas térmicas e de 39,7% das eólicas. A geração hidráulica, que inclui grandes e Pequenas Centrais Hidrelétricas, caiu 10% no período.