PLD segue no valor máximo de R$ 533,82/MWh
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 14 e 20 de outubro nos submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte permanece fixado em R$ 533,82/MWh, teto estabelecido pela Aneel para 2017.
As afluências previstas para o Sistema, em outubro, caíram de 69% para 64% da média histórica, redução esperada principalmente no Sudeste (de 79% para 68% da MLT). As previsões também permanecem abaixo da média para todos os demais submercados: Sul (69%), Nordeste (21%) e Norte (52%), fator responsável pela manutenção do PLD no valor máximo estabelecido para o ano.
Para a próxima semana, a carga prevista para o Sistema deve ficar em torno de 840 MWmédios mais alta, elevação esperada no Sudeste (+808 MWmédios) e no Nordeste (+64 MWmédios). No Sul, a carga permanece inalterada, enquanto no Norte a expectativa é de queda (-30 MWmédios).
Os níveis dos reservatórios do SIN ficaram cerca de 200 MWmédios mais baixos frente à expectativa da última semana com reduções no Sudeste (-1.020 MWmédios) e no Norte (-300 MWmédios). A previsão indica níveis mais altos no Sul (+1.066 MWmédios) e no Nordeste (+52 MWmédios).
O fator de ajuste do MRE para outubro foi revisto de 60,2% para 62,4% e os Encargos de Serviços do Sistema – ESS são esperados em R$ 20 milhões para o mês, montante referente apenas à restrição operativa
Os custos decorrentes do descolamento entre o CMO e o PLD, que remuneram as usinas que são despachadas por ordem de mérito, estão acima do preço máximo e são estimados em R$ 94 milhões para outubro.
Liquidação no MCP movimenta R$ 2,5 bilhões
A CCEE finalizou, nesta terça-feira, 10 de outubro, a liquidação financeira do Mercado de Curto Prazo (MCP) referente a agosto de 2017, que movimentou R$ 2,54 bilhões dos R$ 6,82 bilhões contabilizados. Do valor não pago, R$ 3,72 bilhões estão relacionados com liminares de risco hidrológico (GSF) no mercado livre e R$ 560 milhões representam outros valores em aberto na liquidação.
Vale mencionar que os agentes amparados por decisões que determinam a incidência regular das normas vigentes perceberam uma adimplência de 29% e os agentes que possuem decisões judiciais vigentes para não participar do rateio da inadimplência, oriunda de liminares do GSF, perceberam uma adimplência próxima de 91%. Após a operacionalização dessas decisões judiciais, os demais agentes credores, ou seja, aqueles que não possuem liminares relacionadas ao rateio da inadimplência, perceberam uma adimplência próxima de 19%.
Os valores ainda incluem o pagamento dos excedentes da Conta de Energia de Reserva – CONER oriundos do provisionamento do Encargo de Energia de Reserva – EER que totalizam R$ 661,7 milhões, que foram rateados de acordo com as regras de comercialização.
A CCEE esclareceu que tem atuado na esfera jurídica para garantir o tratamento isonômico de todos os agentes e a aplicação das regras de comercialização. Ao mesmo tempo, permanece aberta ao diálogo com os agentes e instituições do setor para encontrar uma solução de consenso para a judicialização no mercado. A operação, realizada pela CCEE, envolveu 6.388 agentes, sendo 491 devedores e 5.897 credores.
Em outra decisão, a CCEE promoveu a liquidação financeira referente à Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias – ou Conta Bandeiras. A liquidação referente aos recursos de bandeiras tarifárias na contabilização de agosto de 2017 movimentou R$ 122.840.852,09.
A operação considerou o pagamento de 77 distribuidoras e permissionárias devedoras na Conta no valor de R$ 120.924.426,28, e o pagamento do prêmio de risco hidrológico no valor de R$ 1.757.892,61 aportados por cinco Agentes. Os recursos arrecadados foram repassados pela Conta Bandeiras a 15 distribuidoras credoras, conforme estabelecido no Despacho SGT/ANEEL nº 3.365/2017. Eventuais valores de inadimplência serão inseridos na liquidação do mês subsequente.