PLD sem novidade: preço continua no teto
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 21 e 27 de outubro nos submercados Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte segue no valor máximo de R$ 533,82/MWh estabelecido pela Aneel para 2017.
A previsão de afluências para o Sistema, em outubro, foi revista de 64% para 66% da média histórica, elevação esperada apenas no Sul (de 69% para 81% da MLT). As demais ENAs previstas para o período permanecem abaixo da média: Sudeste (64%), Nordeste (21%) e Norte (51%), comportamento responsável pela manutenção do PLD no teto.
Já a expectativa de carga para o SIN, na próxima semana, deve ficar em torno de 30 MWmédios mais alta. Com exceção do Sudeste, que apresentou redução de 310 MWmédios, os demais submercados, Sul (+55 MWmédios), Nordeste (+220 MWmédios) e Norte (+65 MWmédios), tiveram elevação na carga esperada.
Os níveis dos reservatórios do Sistema ficaram cerca de 1.330 MWmédios mais baixos frente à última previsão, com reduções no Sudeste (-1.630 MWmédios) e no Sul (-20 MWmédios). A expectativa é de níveis mais altos no Nordeste (+210 MWmédios) e no Norte (+110 MWmédios).
O fator de ajuste do MRE previsto para outubro foi revisto de 62,1% para 62,5% e os Encargos de Serviços do Sistema – ESS são esperados em R$ 11,5 milhões para o mês, montante referente apenas à restrição operativa
Os custos decorrentes do descolamento entre o CMO e o PLD, que remuneram as usinas que são despachadas por ordem de mérito e estão acima do preço máximo, são estimados em R$ 96 milhões para o período.
Aumento no consumo
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 16 de outubro indicam aumento de 4,6% no consumo e de 4,4% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período de 2016. As informações constam da mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
O consumo de energia no Sistema Interligado Nacional – SIN, nas duas primeiras semanas de outubro, alcançou 60.684 MW médios, aumento de 4,6% quando comparado ao consumo no mesmo período de 2016. O consumo no Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, subiu 2,8%, quando analisado já com o reflexo da migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Caso esse movimento de mercado fosse desconsiderado, o aumento seria de 6,8% no ACR.
No Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, houve elevação de 9,4% no consumo, número impactado pelas novas cargas vindas do mercado cativo (ACR). Sem a presença desses novos consumidores na análise, o ACL apresentaria queda de 1,1% no consumo.
Dentre os segmentos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os ramos de veículos (+9,5%), saneamento (+5,3) e de serviços (+3,5%) registraram incremento no consumo, mesmo quando a migração é desconsiderada. Por outro lado, os maiores índices de retração, nesse mesmo cenário de migração, pertencem aos segmentos de bebidas (-6,8%), químico (-5,9%) e de minerais não metálicos (-5,6%).
A geração de energia no Sistema, por sua vez, também cresceu em outubro, quando a produção alcançou 62.491 MW médios no período, montante de energia 4,4% superior ao registrado em 2016. Os números são impulsionados pelo crescimento na produção das usinas térmicas (+24,1%) e eólicas (+37,9%). Já a geração hidráulica, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas, foi 6,7% inferior no período analisado.