Petrobras: produção de 3,5 mi de barris em 2022
A Petrobras informou, em seu Plano de Negócios e Gestão 2018-2022, que espera alcançar uma produção total de óleo e gás, no Brasil e no exterior, de 3,55 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2022. Desse total, 2,88 milhões de barris por dia (bpd) de óleo e líquido de gás natural (LGN) seria produzidos no Brasil, já considerando os investimentos, as parcerias e os desinvestimentos. No plano anterior, a estatal projetava 2,77 milhões de barris diários de petróleo, no Brasil, em 2021.
A estatal também trouxe suas premissas de preço médio do Brent e taxa média de câmbio. Para 2018, trabalha com o barril do Brent a US$ 53 e um câmbio médio de R$ 3,44. Em 2019, estima o Brent em US$ 58 e uma taxa de câmbio de R$ 3,55. Para 2020, vê o Brent em US$ 66 por barril e um câmbio de R$ 3,62. O valor do Brent sobe para US$ 70 por barril em 2021, com o câmbio a R$ 3,69. Em 2022, o preço médio do Brent será de US$ 73 por barril, com o dólar a R$ 3,80.
A Petrobras publicou, nesta quinta-feira, 21 de dezembro, seu Plano de Negócios e Gestão (PGN) 2018-2022 e manteve as principais premissas adotadas no plano anterior. Segundo a estatal, a carteira de investimentos mantém o mesmo nível em relação ao PNG 2017-2021 e continua priorizando os projetos de exploração e produção de petróleo no Brasil. Os aportes totais previstos pela estatal no período somam US$ 74,5 bilhões.
Desse total, US$ 60,3 bilhões serão destinados para exploração e produção. “Nas demais áreas de negócios, os investimentos destinam-se, basicamente, à manutenção das operações e a projetos relacionados ao escoamento da produção de petróleo e gás natural”, diz a companhia, que projeta US$ 13,1 bilhões em investimentos em refino e gás natural.
Em relação aos custos operacionais, a Petrobras diz continuar com esforços de redução, prevendo um montante de US$ 136,8 bilhões de gastos operacionais gerenciáveis no PNG 2018-2022. O programa de parcerias e desinvestimentos, segundo a estatal, atingiu o valor de US$ 13,6 bilhões no biênio 2015-2016. Para o biênio 2017-2018 a meta é a mesma já anunciada, de US$ 21 bilhões.
“Essas iniciativas, associadas a uma geração operacional de caixa estimada em US$ 141,5 bilhões, após dividendos, permitirão à Petrobras realizar seus investimentos e reduzir seu endividamento, sem necessidade de novas captações líquidas no horizonte do Plano”, destaca a empresa.
O documento informa que a companhia mantém como base as duas métricas de topo principais, uma de segurança e outra financeira, conforme já definidas no PNG 2017-2021. O principal indicador financeiro da empresa continua sendo a alavancagem (Dívida Líquida/Ebitda ajustado), com a meta de 2,5 vezes em dezembro de 2018. “O objetivo é que o indicador seja declinante e convergente, até 2022, com a média mundial das principais empresas do setor”, diz a Petrobrás.
A métrica de segurança, no entanto, foi antecipada em dois anos: o limite da Taxa de Acidentados Registráveis por milhão de homens-hora (TAR) foi reduzido de 1,4 para 1,0 em 2018. O limite da TAR para o ano de 2018 foi alterado, segundo a empresa, em função da implantação do Programa Compromisso com a Vida em 2017, que teve 100% das suas ações concluídas, contribuindo para a redução da TAR em cerca de 50%, ou seja, de 2,15 em 2015 para 1,08 em outubro/2017. “Esse programa terá um novo ciclo, contendo ações pautadas na segurança dos processos e incorporadas aos princípios e diretrizes que abrangem também as dimensões de Meio Ambiente e Saúde”.