PLD cai no Sudeste, Sul e Nordeste
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 10 e 16 de fevereiro caiu 5% no Sudeste/Centro-Oeste, principal submercado do Sistema, fixado em R$ 170,45/MWh. No Sul e no Nordeste, o preço também foi reduzido com o PLD fixado em R$ 173,44/MWh e R$ 167,60/MWh, respectivamente. O preço no submercado Norte, por sua vez, permanece no valor mínimo estabelecido para 2018, em R$ 40,16/MWh.
Os preços do submercado Norte se diferem aos demais, uma vez que seus limites de envio de energia foram atingidos em todos os patamares. Os limites de recebimento de energia pelo Nordeste também foram atingidos, descolando seus preços dos demais. Já a diferença entre o preço do Sudeste e do Sul se deve às perdas elétricas na interligação entre estes submercados.
As afluências esperadas para o Sistema Interligado Nacional – SIN, em fevereiro, foram revistas de 80% para 83% da Média de Longo Termo – MLT com previsão de ENAs em 86% da média no Sudeste, 116% no Sul, 51% no Nordeste e em 84% da MLT no Norte.
A carga prevista para a próxima semana deve ficar cerca de 2.500 MWmédios inferior quando comparada à previsão da semana passada, permanecendo inalterada apenas no Nordeste. As reduções foram observadas no Sudeste (-2.140 MWmédios), Sul (-315 MWmédios) e Norte (-40 MWmédios).
Já os níveis dos reservatórios do SIN estão 1.760 MWmédios mais elevados frente à expectativa anterior, ficando inalterados no Sudeste. Os níveis subiram no Sul (+140 MWmédios), Nordeste (+310 MWmédios) e no Norte (+1.305 MWmédios).
O fator de ajuste do MRE previsto para fevereiro foi revisto de 119,3% para 115,1% Os Encargos de Serviços do Sistema – ESS esperados para o período são de R$ 138 milhões, sendo R$ 77 milhões referentes à segurança energética.
Dados do consumo
Segundo informações do boletim InfoMercado Mensal da CCEE, com dados finais de dezembro de 2017, o consumo de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional – SIN alcançou 63.279 MWmédios frente aos 61.946 MWmédios consumidos no ano anterior, elevação de 2,2%.
Na análise por ambiente, o consumo no mercado regulado (ACR) no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras (onde estão inseridos os consumidores residenciais), apresentou queda de 1,7%. Já no mercado livre (ACL), no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores (onde estão os consumidores de atividade industrial/comercial), há um aumento de 13% no consumo, índices influenciados diretamente pelo movimento de migração dos consumidores para o ACL.
Quando o efeito das migrações é expurgado da análise, os ramos da indústria monitorados pela CCEE, incluindo autoprodutores, consumidores livres e especiais, nota-se queda no consumo por setores como o de bebidas (-2%) e de comércio (-0,2%). Outros segmentos como o químico (-2,7%) e de minerais não-metálicos (-0,5%) também registraram diminuição no consumo no período.
Os maiores índices de consumo em dezembro, no mesmo cenário sem migração, foram os registrados nos setores de veículos (+11,5%), metalurgia e produtos de metal (+11,4%) e têxtil (+8%).