Consumo tem queda de 3,5% em fevereiro
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 28 de fevereiro indicaram redução de 3,5% no consumo e de 3,1% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período de 2017. As informações constam da mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
O consumo de energia no Sistema Interligado Nacional – SIN alcançou 62.454 MW médios ao longo de fevereiro, índice 3,5% inferior ao registrado no mesmo período de 2017.
No Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras (onde estão inseridos os consumidores residenciais), o consumo caiu 6,5% ao passar de 46.820 MW médios para 43.779 MW médios, índice que leva em conta a migração de consumidores para o mercado livre (ACL). Quando esse movimento é desconsiderado na análise, a queda no consumo seria de 4,6%.
O consumo no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores (onde estão os consumidores de atividade industrial/comercial), apresenta elevação de 4,2%, número que incorpora o impacto das novas cargas vindas do ACR. Sem o efeito dessa migração na análise, o ACL registra queda de 0,7% no consumo.
Já dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de extração de minerais metálicos (+7%), metalurgia e produtos de metal (+4,6%) e de veículos (+2,4%) registram aumento no consumo, mesmo sem o impacto da migração na análise. Os maiores índices de retração, no mesmo cenário sem migração, são registrados nos segmentos de serviços (-10%), bebidas (-8,2%), químico (-8,2%) e de telecomunicações (-7%).
A geração de energia no Sistema, em fevereiro, somou 65.798 MW médios, queda de 3,1%, em relação ao mesmo período de 2017. A geração térmica ficou praticamente estável (+0,3%), enquanto a produção das usinas eólicas (-4,2%) e hidráulicas (-3,9%), incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas, foi menor quando comparada à geração obtida em fevereiro de 2017.
O InfoMercado Dinâmico também apresentou estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, em fevereiro, equivalente a 113% de suas garantias físicas, ou 51.562 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 94%.