Comercializadora Vega estréia em abril
Maurício Corrêa, de Brasília —
Junto com Curitiba, Recife é uma das praças pioneiras nas atividades do mercado livre de energia elétrica no Brasil. Agora, seguindo a tradição, surge na capital pernambucana a comercializadora Vega Energy, com objetivo estratégico de atuar fortemente no Nordeste, aproveitando o bom momento das expectativas que se abrem para o ML.
A empresa entrará em operação comercial no mês de abril, mas, nesta terça-feira, 20 de março, seus diretores cumpriram um roteiro de visitas em Brasília. Foram ao Congresso Nacional e depois apresentaram a nova comercializadora ao ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, que cumprimentaram pela proposta de formatação de um novo modelo para o setor elétrico, incluindo a ampliação do mercado livre.
“A Consulta Pública 33 representa uma série de mudanças que são aguardadas pelo mercado há muitos anos. O ministro e sua equipe tiveram a sensibilidade de compreender que era necessário estender a outros agentes todos os benefícios oferecidos pelo mercado livre, conforme a proposta que já se encontra no Palácio do Planalto. O ministro nos garantiu que dentro de alguns dias será enviada uma mensagem ao Congresso Nacional, contendo o novo modelo”, afirmou Abenaías Silva, diretor da Vega Energy.
Além do MME, houve uma visita à sede da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), da qual participaram dois colegas de diretoria — Eduardo Gomes e Fabrini Caetano. Os diretores pretendem filiar a Vega à associação logo que a empresa começar a operar no mercado.
“Todos nós, da Vega, temos as melhores expectativas possíveis em relação ao mercado. Vamos começar pela comercialização de energia, com os pés no chão, e depois expandir para outros negócios”, afirmou. No futuro, a comercializadora pensa inclusive em abrir uma filial na cidade de São Paulo e até mesmo em investir na geração de energias renováveis, como as fontes solar e eólica.
A empresa já começa com um capital robusto e com uma equipe de 12 especialistas, sem contar os sócios. Abenaías Silva já é um nome bastante conhecido no mercado, no qual conta com oito anos de experiência, tendo passado pelas comercializadoras Safira (em São Paulo), Nova, Elétron e Kroma (as três últimas em Recife). Ele saiu da Kroma em dezembro passado, depois de cinco anos na casa, e uniu-se a um grupo de investidores, basicamente da área financeira.
“O mercado está naturalmente em ebulição, com todas as expectativas em torno do seu crescimento. Mas nós, da Vega, queremos levar energia ao melhor custo possível para os nossos clientes. Nosso time é experiente e estamos em condições de fazer bons negócios e contribuir para a expansão do mercado livre no Brasil”, afirmou Silva.