PLD sobe para R$ 122,73 no SE/CO, Sul e NE
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 14 e 20 de abril passou de R$ 78,04/MWh para R$ 49,29/MWh no Norte, com uma queda de 37%. Nos demais submercados, o PLD subiu, sendo fixado em R$ 122,73/MWh no Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Nordeste. Os limites de envio de energia do Norte são atingidos, ocasionando o descolamento de seus preços em relação aos demais submercados.
O aumento no preço em três submercados é relacionado com a queda nas afluências previstas no Sul, onde se espera uma redução de 1.400 MWmédios em termos de energia. Nos demais submercados, a expectativa é de elevação das ENAs para abril com índices em 94% no Sudeste, 51% no Nordeste e 105% no Norte.
A carga esperada para a próxima semana é 400 MWmédios inferior à carga da última semana, com redução de 300 MWmédios no Sudeste e 100 MWmédios no Norte. No Sul e no Nordeste, a carga permanece inalterada.
Há redução de cerca de 410 MWmédios nos níveis dos reservatórios do Sistema frente à expectativa da semana passada, com elevação esperada no Nordeste (+270 MWmédios) e no Norte (+60 MWmédios). As reduções nos níveis dos reservatórios são de 410 MWmédios no Sudeste e de 320 MWmédios no Sul.
O fator de ajuste do MRE esperado para abril é de 101,8%. A previsão de Encargos de Serviços do Sistema – ESS para o período é de R$ 535 milhões, com R$ 102 milhões referentes à restrição operativa e o restante (R$ 433 mi) à segurança energética no Nordeste.
Dados do consumo e da geração
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 10 de abril apontaram um crescimento de 3,2% no consumo e de 3,6% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período do ano passado. As informações são do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
O consumo de energia nos dez primeiros dias de abril alcançou 62.552 MWmédios em todo o Sistema Interligado Nacional – SIN, aumento de 3,2% frente ao índice no mesmo período de 2017, quando as temperaturas registradas foram mais amenas do que em abril deste ano.
No Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras (onde estão inseridos os consumidores residenciais), o consumo foi 1,4% superior, índice que leva em conta na análise as cargas que migraram para o mercado livre (ACL). O consumo cresceria 3% no período, caso esse efeito fosse desconsiderado.
Já o consumo no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores (onde estão os consumidores de atividade industrial/comercial), cresceu 7,5%, número que considera as cargas que migraram. Quando esse movimento não é considerado na análise, o consumo seria 3,6% superior.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de metalurgia e produtos de metal (+12,1%), veículos (+11,3%) e bebidas (+4,8%) registraram aumento no consumo, mesmo sem o impacto da migração na análise, enquanto os maiores índices de retração, no mesmo cenário, pertencem aos segmentos de saneamento (-3,7%), têxtil (-3,7%) e de serviços (-3,6%).
A geração de energia, em abril, foi de 66.023 MWmédios, montante de energia 3,6% superior ao entregue ao SIN em 2017, impulsionada pela produção das usinas hidráulicas (+13%), incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas. As plantas eólicas (-34,4%) e térmicas (-23%) registraram queda na produção de energia no período.
O InfoMercado Semanal Dinâmico também apresenta estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, em abril, equivalente a 102,6% de suas garantias físicas, ou 50.056 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 91,3%.