PLD é fixado em R$ 216,86/MWh no SE e Sul
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 28 de abril a 04 de maio permaneceu no piso de R$ 40,16/MWh no Norte e subiu 14% no Nordeste ao ser fixado em R$ 154,51/MWh. Já no Sudeste/Centro-Oeste e no Sul, a variação chegou a 60% com o PLD passando de R$ 135,38/MWh para R$ 216,86/MWh. A elevação é causada pela redução das afluências verificadas e, principalmente, pelas previstas para a próxima semana.
Os preços ficam distintos entre si, uma vez que os limites de envio de energia do Norte para os demais submercados são atingidos, bem como os de recebimento do Nordeste.
Em abril, a expectativa é que as afluências no Sistema Interligado Nacional – SIN fechem em 90% na Média de Longo Termo – MLT, acima da média no Norte (109%) e abaixo nas demais regiões: Sudeste (90%), Sul (94%) e Nordeste (48%). Para maio, as ENAs devem ficar em 86% da média histórica para o SIN.
A expectativa é que a carga prevista para a próxima semana fique em torno de 250 MWmédios mais alta, inalterada no Norte e com redução esperada apenas no Nordeste (-130 MWmédios). As elevações são 60 MWmédios no Sudeste e de 320 MWmédios no Sul.
Já os níveis dos reservatórios do SIN ficaram cerca de 2.720 MWmédios mais baixos em relação à expectativa anterior com redução significativa no Sudeste (-2.445 MWmédios). As demais reduções foram de 545 MWmédios no Sul e de 155 MWmédios no Nordeste, enquanto no Norte, há registro de elevação em cerca de 425 MWmédios nos níveis.
O fator de ajuste do MRE previsto para abril é de 99,3% e o índice para maio é esperado em 88%. A previsão de Encargos de Serviços do Sistema – ESS para abril é de R$ 355 milhões, com R$ 143 milhões referentes à restrição operativa. Já para o próximo mês, a expectativa é de R$ 84 mi em ESS, sendo R$ 64 milhões também referentes à restrição operativa.
Consumo e geração em abril
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 24 de abril apontaram aumento de 3,6% no consumo e geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período de 2017. As informações são do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
O consumo de energia no Sistema Interligado Nacional – SIN alcançou 61.936 MWmédios em abril. O montante é 3,6% superior ao registrado no mesmo período do ano passado e, segundo a análise, diretamente influenciado pelas temperaturas mais elevadas em 2018 frente aos registros do ano passado.
No Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras (onde estão inseridos os consumidores residenciais), o consumo cresceu 1,5%, já considerando na análise as cargas de consumidores que migraram para o mercado livre (ACL). O consumo seria 3,1% superior ao de 2017, caso esse movimento fosse descartado na análise.
Já o consumo no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores (onde estão os consumidores de atividade industrial/comercial), registra incremento de 8,7% em abril, número que já leva em conta as cargas oriundas do ACR na análise. O consumo seria 4,8% superior, se o impacto da migração não fosse levado em conta.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores de veículos (+16,4%), metalurgia e produtos de metal (+11,8%) e alimentício (+8,9%) registraram aumento no consumo, mesmo sem o impacto da migração na análise, enquanto os maiores índices de retração, no mesmo cenário, pertencem aos segmentos de serviços (-3,1%), saneamento (-0,9%) e químico (-0,8%).
Em abril, a geração de energia atingiu 65.017 MWmédios, aumento de 3,6% na energia produzida frente ao montante gerado em 2017. A produção das usinas hidráulicas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs, cresceu 9,9%, enquanto a geração de usinas eólicas (-5%) e térmicas (-19,3%) caiu no período.
O InfoMercado Semanal Dinâmico também apresenta estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, em abril,equivalente a 99,5% de suas garantias físicas, ou 48.587 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 88,55%.