PLD sobe 7% e vai a R$ 326,46 no SE/CO e Sul
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 12 e 18 de maio nos submercados Sudeste/Centro-Oeste e Sul subiu 7%, saindo de R$ 305,96/MWh para R$ 326,46/MWh. No Nordeste, o preço passou de 154,51/MWh para 165,95/MWh, enquanto no Norte, o PLD saiu do valor mínimo regulatório de 40,16/MWh, indo para R$ 114,90/MWh.
Os preços seguem desacoplados, uma vez que os limites de envio de energia do Norte para os demais submercados são atingidos, bem como os de recebimento do Nordeste e do Sudeste.
Em maio, as afluências previstas para o Sistema estão cerca de 2.000 MWmédios mais baixas em termos de energia, redução observado principalmente no Sudeste (1.100 MWmédios). A expectativa indica ENAs em 78% da média histórica no Sudeste, 48% no Sul, 37% no Nordeste e em 84% da média no Norte.
A previsão de carga para a próxima semana está 100 MWmédios inferior à expectativa da última semana com redução apenas no submercado Nordeste. Nos demais submercados, não houve mudanças na carga prevista.
Já os níveis dos reservatórios do Sistema ficaram cerca de 2.200 MWmédios mais baixos frente à expectativa anterior com queda nos níveis em todos os submercados: Sudeste (-1.200 MWmédios), Sul (-650 MWmédios), Nordeste (-250 MWmédios) e Norte (-100 MWmédios).
O fator de ajuste do MRE previsto para maio foi revisto de 88,7% para 86,5%. A previsão de Encargos de Serviços do Sistema – ESS para o mês é de R$ 61 milhões, sendo R$ 60 milhões referentes à restrição operativa e o restante referente à segurança energética, exclusivamente no Nordeste.
Consumo cresce 5,3% em maio
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 8 de maio apontaram um aumento de 5,3% no consumo e de 6,2% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período de 2017. As informações são do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
Nos primeiros dias de maio, o consumo de energia no Sistema Interligado Nacional – SIN foi de 60.864 MWmédios, índice 5,3% superior ao montante consumido no mesmo período do ano passado. O aumento é reflexo das temperaturas mais elevadas em 2018.
No Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras (onde estão inseridos os consumidores residenciais, comerciais, industriais, rurais, serviços, iluminação pública e outros), o consumo cresceu 3,5%, índice que considera as cargas oriundas da migração para o mercado livre (ACL). A demanda por energia seria 5% maior, caso esse movimento fosse desconsiderado.
O consumo no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores (com consumidores de atividade industrial/comercial/serviços), cresceu 9,4% em maio, índice que engloba as cargas oriundas do ACR na análise. O consumo seria 6% superior mesmo se o impacto da migração não fosse levado em conta.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores químicos (+10,7%), de madeira, papel e celulose (+8,7%) e metalurgia e produtos de metal (+8,1%) aumentaram a demanda por energia, mesmo sem o impacto da migração na análise, enquanto apenas o segmento têxtil (-1,4%) apresentou retração no consumo.
A geração de energia no Sistema alcançou 64.290 MWmédios, índice 6,2% superior ao registrado no mesmo período de 2017. A produção das usinas hidráulicas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs, cresceu 9,7% e das usinas eólicas registrou incremento de 26,5%. A geração térmica, por sua vez, caiu 13,1% no período.
O InfoMercado Semanal Dinâmico também apresenta estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, em maio, equivalente a 88,7% de suas garantias físicas, ou 45.368 MWmédios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 82,7%.