Senado aprova Limp e Sandoval para Aneel
Da Redação, de Brasília (Com apoio do Senado Notícias) —
O plenário do Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira, 16 de maio, os nomes de dois novos diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Por 41 votos favoráveis, nove contrários e duas abstenções, foi aprovada a indicação de Rodrigo Limp Nascimento, enquanto Sandoval de Araújo Feitosa Neto teve o seu nome referendado por 37 votos favoráveis, sete contrários e uma abstenção.
Rodrigo Limp Nascimento é mineiro, engenheiro elétrico, especialista em Direito Regulatório e mestre em Economia do Setor Público. Ingressou na Aneel em 2007, de onde saiu em 2015, quando se tornou consultor legislativo da Câmara dos Deputados nas áreas de energia, mineração e recursos hídricos.
Ao ser sabatinado na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) esta semana, Nascimento reforçou a necessidade de o setor elétrico se preparar para as mudanças regulatórias decorrentes dos avanços tecnológicos, como a geração de energia pelos próprios consumidores e o crescimento do número de carros elétricos. O engenheiro também afirmou aos senadores que não há como fugir do mercado livre de energia no futuro.
— A ampliação do mercado livre vai ser um ganho para o setor, com mais eficiência e competitividade. Mas temos que tomar cuidado com alguns pontos, garantir mecanismos de financiamento da expansão da geração, que hoje estão concentrados no mercado regulado.
Sandoval de Araújo Feitosa Neto é do Piauí, engenheiro eletricista formado pela Universidade do Maranhão (UFMA), com mestrado em Engenharia Elétrica e MBA em Gestão Empresarial com ênfase em Estratégia. Trabalhou na Companhia Energética do Maranhão (Cemar) e na Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), antes de ingressar na Aneel.
Em sua sabatina na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) esta semana, Feitosa defendeu a ampliação das fontes alternativas de energia, como a solar. Ele sugeriu a implantação de um parque solar na região do semiárido como forma de gerar empregos e desenvolver a região Nordeste.
— Temos uma possibilidade enorme de fazer um grande projeto de inserção social, onde podemos, a partir da regulamentação já existente na Aneel, gerar essa energia nesses locais que têm essa particularidade social e fazermos o consumo em grandes centros, dentro da mesma área de concessão. Há a necessidade de alguns aprimoramentos regulatórios ainda para que isso ocorra em grande escala.