PLD em alta: R$ 340,80 no SE-CO e Sul
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informou que o Preço de Liquidação das Diferenças – PLD para o período entre 19 e 25 de maio nos submercados Sudeste/Centro-Oeste e Sul subiu 4%, saindo de R$ 326,46/MWh para R$ 340,80/MWh. No Nordeste e no Norte, o preço também ficou equalizado entre os dois submercados, fixado em R$ 201,88/MWh.
O limite de recebimento de energia da região Nordeste não é mais atingido, de modo que os preços entre o Norte e o Nordeste voltam a ficar equalizados. Já os limites de envio de energia destes submercados para a região Sudeste continuam sendo atingidos, ocasionando o descolamento do preço do Sudeste/Centro-Oeste em relação a estes dois submercados.
A expectativa de afluências para o Sistema, ao longo de maio, está cerca de 1.300 MWmédios inferior em termos de energia. Há pequenas reduções nas ENAs esperadas para todos os submercados: Sudeste (de 78% para 77% da MLT), Sul (48% para 44% da média), Nordeste (37% para 36% da MLT) e Norte (84% para 82% da média histórica).
A carga esperada para a próxima semana segue inalterada frente à expectativa da última semana.
Os níveis dos reservatórios do Sistema estão cerca de 1.000 MWmédios mais baixos frente à previsão anterior com queda nos níveis em todos os submercados, exceto no Nordeste (+250 MWmédios). No Sudeste (-600 MWmédios), Sul (-550 MWmédios) e Norte (-50 MWmédios), há queda nos níveis previstos.
O fator de ajuste do MRE previsto para maio passou de 86,5% para 86,1%. A previsão de Encargos de Serviços do Sistema – ESS para o período é de R$ 63 milhões, sendo R$ 60 milhões referentes à restrição operativa e o restante referente à segurança energética, exclusivamente no Nordeste.
Consumo cresce 3,9%
Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 15 de maio indicaram aumento de 3,9% no consumo e de 4,2% na geração de energia elétrica no país, na comparação com o mesmo período do ano passado. As informações são do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.
Nas duas primeiras semanas de maio, o consumo de energia alcançou 60.959 MWmédios no Sistema Interligado Nacional – SIN, montante de energia 3,9% superior ao consumo no mesmo período de 2017. As temperaturas mais elevadas em 2018 são o principal fator para o aumento no consumo.
No Ambiente de Contratação Regulado – ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras (onde estão inseridos os consumidores residenciais, comerciais, industriais, rurais, serviços, iluminação pública e outros), o consumo cresceu 2,5%, índice que engloba as cargas oriundas da migração para o mercado livre (ACL). A demanda por energia seria 3,9% maior, caso esse movimento fosse desconsiderado.
O consumo no Ambiente de Contratação Livre – ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores (com consumidores de atividade industrial/comercial/serviços), cresceu 7,4% em maio, índice que considera a migração de cargas na análise. O consumo seria 3,9% superior mesmo se o impacto da migração não fosse levado em conta.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os setores químicos (+8,1%), metalurgia e produtos de metal (+6,6%) e de madeira, papel e celulose (+6,5%) aumentaram a demanda por energia, mesmo sem o impacto da migração na análise, enquanto os segmentos de saneamento (-2,5%), têxtil (-1,8%) e de serviços (-1,7%) apresentaram retração no consumo.
Já a geração de energia no Sistema foi de 64.007 MWmédios, índice 4,2% superior ao registrado no mesmo período de 2017. A produção das usinas hidráulicas, incluindo as Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs, registrou incremento de 8% e das usinas eólicas 27,3%. Houve queda de 16,3% na geração térmica no período.
O InfoMercado Semanal Dinâmico também apresenta estimativa da produção das usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE, em maio, equivalente a 86,6% de suas garantias físicas, ou 44.259 MWmédios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o percentual é de 80,7%.