CCEE: PLD médio de 2018 fica abaixo de 290/MWh
Da Redação, de Brasília (Com apoio da CCEE) —
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE apresentou, nesta segunda-feira, 02 de julho, uma análise do comportamento do Preço de Liquidação das Diferenças – PLD ao longo do mês de junho e início de julho. As atuais projeções indicam tendência de queda no PLD a partir de agosto, com pequenas variações no preço médio para 2018, que deve ficar em R$ 286/MWh no Sudeste/Centro-Oeste, principal submercado do Sistema.
“A conjuntura do cenário meteorológico, na primeira quinzena de junho, apresentou chuvas na região Sul e queda das temperaturas. As temperaturas mais baixas, aliada ao impacto da greve ocorrida no início do mês, resultou em redução de 555 MWmédios na carga em relação a estimativa inicial para junho”, afirma Camila Giglio, da gerência de preços da CCEE.
A previsão de afluências para o Sistema, em julho, se mantém em aproximadamente 76% da média histórica no Sudeste/Centro-Oeste, 38% da MLT no Nordeste e 77% no Norte, em termos percentuais. Já a ENA esperada para o Sul (de 47% para 71% da média) deve apresentar aumento para o período.
Ao longo de junho, os níveis dos reservatórios sofreram reduções em todos os submercados, exceto no Sul, onde o índice fechou em 51,1%, aumento de cerca de 1p.p. “As quedas nos demais submercados não foram acentuadas, como se espera para o início do período seco, principalmente, em razão da carga mais baixa registrada no período”, lembra. As reduções foram de 2,6p.p. no Sudeste/Centro-Oeste, 2,1p.p. no Nordeste e de 0,3p.p. no Norte.
“Apesar da carga mais baixa, tivemos afluências abaixo da média e níveis mais baixos nos reservatórios do Sistema, causando aumento no PLD ao longo de junho, principalmente na última semana, quando alcançou o teto. Contudo, esperamos uma pequena redução do preço já a partir do próximo mês”, afirma Giglio.
Já a expectativa para o fator de ajuste do MRE, em 2018, foi revista para 83,2%, com índices em 71,3% para junho e em 60,2% para julho. Quando a projeção do MRE é ligada à repactuação do risco hidrológico, que considera a sazonalização “flat” da garantia física, aponta índices de 71,1% e 66,4%, respectivamente.
Com isso, o impacto financeiro da análise do MRE, em um cenário hipotético de 100% de contratação da garantia física, também subiu, ficando em R$ 29 bilhões para o ano, sendo R$ 19 bilhões referentes ao Ambiente de Contratação Regulada – ACR e R$ 10 bilhões ao Ambiente de Contratação Livre – ACL.
Os Encargos de Serviços do Sistema – ESS devem alcançar o mesmo valor (R$ 33 milhões) em junho e julho, ambos por conta da restrição operativa.