Engie inicia operação de parque eólico na BA
Da Redação, de Brasília (Com apoio da Engie) —
Entre 2018 e 2020, a Engie investirá R$ 2,9 bilhões em projetos eólicos no Brasil, como
parte de sua estratégia global de crescer através da geração de energia proveniente de
fontes renováveis. A empresa participa de dois grandes complexos eólicos na Bahia: Campo
Largo, que iniciou a operação comercial nesta quarta-feira, 04 de julho, e Umburanas, em
fase de obras civis, que iniciará operações no início de 2019. Os empreendimentos terão
capacidade de gerar, respectivamente, 326,7 MW e 360 MW em suas primeiras fases.
“As eólicas respondem por cerca de 60% da capacidade de nossos projetos em fase de
desenvolvimento mais avançada, isto é, aqueles que ainda não tiveram a construção
iniciada, mas estão aptos a participar de leilões regulados de compra de energia”, diz o
diretor-presidente da Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini, citando como exemplo o
projeto Santo Agostinho (700 MW), no Rio Grande do Norte. No médio prazo, a capacidade
instalada da Companhia poderá ser ampliada em 2 GW.
A geração de energia eólica vem crescendo rapidamente no Brasil, que em fevereiro atingiu
a marca de 13 Gigawatts em capacidade instalada, quase a mesma da hidrelétrica de
Itaipu (14 GW). Com isso, o país passa a ocupar a oitava posição no ranking mundial de
geração de energia com a força dos ventos, ultrapassando o Canadá e se aproximando da
França.
Os complexos Campo Largo e Umburanas receberam R$ 273,6 milhões em investimentos
nos três primeiros meses de 2018. Já operam comercialmente os complexos Trairi (115 MW)
e Santa Mônica (97,2 MW), ambos no Ceará, além de uma unidade de pesquisa e
desenvolvimento em Tubarão, Santa Catarina (2,1 MW).
Campo Largo fica em uma área de 44 mil hectares nos municípios de Umburanas e Sento
Sé, a 420 km de Salvador. A primeira fase do complexo terá 11 parques eólicos. A usina
Campo Largo VII, com 11 aerogeradores e 29,7 MW de capacidade instalada, teve sua
operação comercial autorizada pela Aneel em 04 de julho. “O cluster Campo
Largo/Umburanas é o maior complexo eólico que a Engie já fez”, diz Sattamini. “O grande
desafio é a logística para realizar as atividades em uma área extensa, com mais de 70 km
de acessos internos”.
Em janeiro, a Engie deu início às obras civis no complexo Umburanas, com a construção
das vias internas e das fundações para os 144 aerogeradores de suas 18 centrais eólicas. A
expectativa é que esta etapa da obra termine em dezembro. Em paralelo, estão sendo
construídas linhas de transmissão e uma subestação, a ser energizada no final de outubro.